Angra: Diocese dinamiza celebrações ecuménicas em três ilhas dos Açores

«Estamos a tentar ganhar uma visão arquipelágica desta Semana de Oração conjunta de todos os cristãos», destaca o coordenador da Comissão Diocesana para o Ecumenismo de Angra

Cartaz: Comissão Diocesana para o Ecumenismo de Angra

Angra do Heroísmo, Açores, 17 jan 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Angra vai assinalar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2025 com três celebrações ecuménicas, no dia 25  de janeiro, nas ilhas de São Miguel e de Santa Maria, e 1 de fevereiro na Terceira.

“Estamos a tentar ganhar uma visão arquipelágica desta Semana de Oração conjunta de todos os cristãos. Vamos ter em São Miguel uma celebração no Centro Pastoral Pio XII, às 15h00, com a Igreja Presbiteriana, e teremos em Santa Maria, um pouco mais tarde, na igreja da Almagreira (Igreja Jubilar) outra celebração”, explicou o coordenador da Comissão Diocesana para o Ecumenismo, ao portal online ‘Igreja Açores’.

Segundo este responsável, Ricardo Esperanço, a ilha Terceira “juntar-se-á mais tarde, uma semana”, e vai fazer uma celebração ecuménica “com a comunidade protestante da Base das Lajes”, como em 2024, ano em que reuniram quatro confissões cristãs – Católica, Luterana, Batista e Evangélica -, no teatro do Divino Espírito Santo, de Porto Martins.

“Esperamos que este ano esta celebração tenha ainda mais força e possamos mostrar uma Igreja mais ativa, onde o carisma dos leigos, que estão a organizar estas celebrações, tenha esta força”, acrescenta.

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) 2025 tem como tema ‘Crês nisso?’, inspirado no diálogo entre Jesus e Marta, quando Jesus visitou a casa de Marta e Maria em Betânia, após a morte do seu irmão Lázaro, conforme narra o evangelista João, e decorre de 18 a 25 de janeiro, no hemisfério norte.

Na Diocese de Angra, as celebrações ecuménicas, que vão realizar no contexto do Oitavário de Oração pela Unidades dos Cristãos, estão a ser organizadas pela Comissão Diocesana para o Ecumenismo com o Movimento dos Focolares, com as outras Igrejas Cristãs.

O tradicional oitavário de oração, neste ano de 2025, evoca também o 1700.º aniversário do primeiro Concílio Ecuménico, realizado em Niceia, atual Turquia.

“Infelizmente, ainda vivemos muito para nós mesmos embora a Igreja Católica pareça estar mais desperta para esse diálogo e o tenha procurado junto de outras confissões cristãs, a comunhão e as pontes ainda são caminhos longos a percorrer. As pessoas vivem muito a sua fé, na comunidade, e não estão despertas para as outras igrejas que acreditam em Cristo, como nós”, desenvolveu o coordenador da Comissão Diocesana para o Ecumenismo de Angra.

Segundo Ricardo Esperanço, o tema deste ano da SOUC convida a refletir se estão “a caminhar no sentido certo ou a caminhar sem rumo, só pela tradição”.

As orações e reflexões para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2025 foram preparadas pelos irmãos e irmãs da Comunidade monástica de Bose, comunidade religiosa ecuménica, fundada em 1968 no norte da Itália; um grupo internacional nomeado pelo Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecuménico de Igrejas trabalhou com os redatores.

“Estes textos estão mais próximos de nós, e trazem culturalmente aspetos mais relevantes e até com uma linguagem diferente. Apontam a luz como símbolo da celebração o que também é muito relevante: Deus é a luz do mundo”, observou o responsável açoriano, lembrando que os materiais em 2024 foram preparados por uma equipa ecuménica no Burquina Faso, lê-se no sítio online ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra.

Em Portugal, a celebração ecuménica nacional, de abertura da SOUC 2025 realiza-se este sábado, dia 18 de janeiro, às 15h30, na Paróquia Lusitana de São João Evangelista, em Vila Nova de Gaia (Diocese do Porto).

CB

O tradicional oitavário de oração, neste ano de 2025, evoca também o 1700.º aniversário do primeiro Concílio Ecuménico, realizado em Niceia, atual Turquia.

Ecumenismo é o conjunto de iniciativas e atividades que favorecem o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por cismas e ruturas.

O ‘oitavário pela unidade da Igreja’, hoje com outra denominação, começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson, presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo.

As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja Copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).

 

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