
Angra: Diocese começa ano pastoral, de um triénio centrado no anúncio, na Ilha de Santa Maria
Igreja diocesana vai viver «três grandes triénios» até à celebração dos seus 500 anos, em 2034

Angra do Heroísmo, Açores, 19 set 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Angra vai começar o ano pastoral 2025/2026, o primeiro ano de um triénio centrado no ‘anúncio’, no dia 5 de outubro, a partir das 16h00 locais, em Vila do Porto, na Ilha açoriana de Santa Maria.
O bispo de Angra explicou que o novo ano pastoral é o “ponto de partida de um itinerário espiritual”, que vão percorrer em três triénios, até às celebrações dos 500 anos da diocese, em 2034, divulga o portal online ‘Igreja Açores’.
A Diocese de Angra informa que o foco deste primeiro triénio é o ‘Anúncio’, e, no ano pastoral 2025/2026, os fiéis são convidados a refletir sobre a dimensão batismal da vida cristã, a partir da pergunta ‘cristão, que dizes de ti mesmo?’.
“É uma questão que, por um lado, é introspetiva, que leva a pessoa a refletir sobre o seu ser, mas também sobre o seu agir. Quanto maior for a consciência que o cristão tiver de si mesmo e da sua missão, mais comprometido será com a vivência do Evangelho nos ambientes em que se encontra”, explicou o diretor do Serviço Diocesano da Coordenação Pastoral de Angra, o padre Jacob Vasconcelos, citado pelo sítio na internet ‘Igreja Açores’.
O sacerdote, responsável com a Equipa Sinodal diocesana, pelos materiais de apoio ao novo ano pastoral, acrescenta que o “Batismo é a porta dos sacramentos”, dele advêm as vocações concretas que cada um vive, e, nesse sentido, cada fiel é chamado a redescobrir o sentido do seu próprio Batismo, “a aprofundar as razões do seu acreditar mediante a formação permanente e a reconhecer o seu lugar na Igreja”. “Quando cada um descobrir quem é diante de Deus, quem é na Igreja e quem é no mundo, redescobrirá não só a sua missão pessoal, mas contribuirá também para renovar as estruturas de comunhão”, acrescentou o padre Jacob Vasconcelos, que, como principais desafios, identificou a integração dos jovens na vida comunitária, valorização dos idosos com a sua “sabedoria”, as famílias, “enquanto igrejas domésticas, são essenciais” nesse caminho. |
O novo ano pastoral da Igreja Católica nos Açores vai começar no dia 5 de outubro, em Vila do Porto, na ilha Santa Maria, segundo o programa começa com uma sessão sobre a temática pastoral, às 16h00 locais (menos uma hora em Lisboa), na biblioteca local, seguindo-se a Missa, presidida pelo bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, às 18h00, na igreja matriz.
A ilha de Santa Maria foi a primeira do arquipélago dos Açores a ser descoberta e povoada, e, segundo D. Armando Esteves Domingues, é um regresso às origens que remete “não apenas às raízes geográficas, mas sobretudo à fonte e razão da fé: Jesus Cristo”.
A Diocese de Angra propõe “três grandes linhas de ação”: A preparação e redescoberta do Batismo – criação de Centros de Preparação para o Batismo; retiros e encontros ligados ao primeiro anúncio; a corresponsabilidade batismal e a participação sinodal – conselhos pastorais e lançamento de escolas de formação; a consolidação da formação permanente (Curso Básico de Teologia, formações para ministérios laicais e três catequeses abertas a todos), na Escola Diocesana de Formação.
D. Armando Esteves Domingues apelou à presença de sacerdotes, diáconos, consagrados, responsáveis de movimentos e serviços da Igreja Católica, dos fiéis leigos das várias comunidades na celebração, que também vai ser transmitida na página oficial desta diocese na rede social Facebook.

A Diocese de Angra começa este ano pastoral um percurso de “três grandes triénios” – anúncio (2025/2028), caridade (2028/2031) e celebração (2031/2024) – que vai “conjugar memória e futuro”, recordando a história da diocese mas projetando-a também “como comunidade missionária, renovada e próxima dos mais frágeis”.
Até à celebração dos 500 anos da criação da Diocese de Angra, em 2034, a abertura e o encerramento de cada ano pastoral vai realizar-se nas várias ilhas dos Açores, por sugestão das ouvidorias (conjunto de paróquias), e termina, o jubileu, numa “grande celebração na cidade de Angra do Heroísmo, sede da catedral diocesana e coração da vida eclesial açoriana”, informa o portal online ‘Igreja Açores’.
CB/OC
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