
Angra: Bispo vai ordenar sete diáconos permanentes, no Jubileu dos Sacerdotes

Angra do Heroísmo, Açores, 12 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo de Angra vai presidir à ordenação de sete diáconos permanentes, candidatos apresentados pelo Seminário Episcopal, no dia 22 de junho, numa celebração integrada no Jubileu dos Sacerdotes, pelas 16h00 (mais uma hora em Lisboa), na Sé.
A Diocese de Angra informa que os novos diáconos permanentes, que com a ordenação vão entrar para a ordem dos presbíteros, frequentaram um curso de Teologia, quatro anos de estudos, no Seminário Episcopal diocesano, divulga o portal online ‘Igreja Açores’.
Cinco, dos sete futuros diáconos permanentes, são da ilha de São Miguel: Armando Cordeiro, da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima; Artemísio do Nascimento, da paróquia da Matriz de São Miguel Arcanjo, Vila Franca do Campo; Francisco Silva, da Paróquia de São José, Ponta Delgada; Roberto Serpa, da Paróquia da Fajã de Baixo, e Valeriano Correia, da Unidade Pastoral dos Arrifes.
Os outros dois diáconos permanentes, que vão ser ordenados pelo bispo D. Armando Esteves Domingues, no dia 22 de junho, na Sé de Angra, são da ilha do Pico e da ilha Terceira, respetivamente, Manuel Gonçalves, da Paróquia das Lajes, e Paulo Roldão, da Paróquia do Porto Judeu.
A Diocese de Angra tem cinco diáconos permanentes – um nas flores, dois em São Miguel e dois na ilha Terceira -; o diaconado permanente nesta diocese “foi como que relançado pelo bispo D. João Lavrador”, o anterior responsável diocesano, informa o sítio online ‘Igreja Açores’.
O diaconado permanente é uma missão para toda a vida, a que podem aceder homens, incluindo os casados, com mais de 35 anos.
O Anuário Estatístico da Igreja (dados relativos a 2023), editado pelo Departamento Central de Estatísticas Eclesiásticas da Secretaria de Estado do Vaticano, divulgado este ano, informa que “os diáconos permanentes são o grupo de clérigos que está a crescer rapidamente”, em 2023, o número atingiu as 51 433 pessoas, um aumento de 2,6% relativo ao ano anterior, quando registaram 50 150; o único diácono permanente na XVI Assembleia Geral do Sínodo, sobre a sinodalidade, foi o belga Geert De Cubber (Bélgica).
A Constituição conciliar ‘Lumen Gentium’ explica que os diáconos permanentes “servem o Povo de Deus em união com o Bispo e o seu presbitério, no ministério da liturgia, da palavra e da caridade”, ocupando “um grau próprio e permanente da hierarquia”, no n.º 29.
“É próprio do diácono, segundo for cometido pela competente autoridade, administrar solenemente o Batismo, guardar e distribuir a Eucaristia, assistir e abençoar o Matrimónio em nome da Igreja, levar o viático aos moribundos, ler aos fiéis a Sagrada Escritura, instruir e exortar o povo, presidir ao culto e à oração dos fiéis, administrar os sacramentais, dirigir os ritos do funeral e da sepultura”, desenvolve o documento do Concílio Vaticano II.
O Motu Proprio ‘Sacrum Diaconatus Ordinem’ (18 de junho de 1967), do Papa Paulo VI, a carta apostólica com a qual se promulgava a restauração do diaconado permanente na Igreja Latina, segundo decisão tomada no Concílio Vaticano II.
Em Portugal, o diaconado permanente foi restaurado em Portugal há 44 anos, por autorização da Santa Sé, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no documento ‘O Diácono Permanente na Igreja em Portugal’ (2021), destaca o “um percurso feito a ritmos diversos nas várias dioceses, mas marcado pela riqueza de experiências, pelo serviço dedicado e pelo compromisso pessoal e familiar dos quase quatrocentos diáconos”.
“É justo reconhecer que deram um rosto novo à Igreja e agradecer o seu importante contributo na vida das comunidades”, acrescentou a CEP, no âmbito do 40.º aniversário da restauração do diaconado permanente.
CB