Sociedade: Congresso vai «repensar Portugal, a Europa e a globalização»

Iniciativa evoca centenário do nascimento do padre jesuíta Manuel Antunes

Lisboa, 22 fev 2018 (Ecclesia) – O centenário do nascimento do padre jesuíta Manuel Antunes vai ser evocado com o congresso ‘Repensar Portugal, a Europa e a Globalização: 100 Anos Padre Manuel Antunes’, de 3 a 6 de novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Casa da Cultura da Sertã.

“Contribuir para pensar o mundo, a vida e os anseios psicológicos, mentais e espirituais da humanidade nos nossos dias, desafiada pelo cuidado da natureza, pela necessidade de lidar com os progressos tecnocientíficos e pela emergência das sociedades digitais, nas quais a hiperinformação se tornou um capital decisivo”, é um dos objetivos do evento, informa a comissão organizadora.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, assinala-se que o congresso faz parte de um conjunto de iniciativas que vão assinalar o Centenário Antunesiano e que vão ajudar a refletir “criticamente a cultura portuguesa”, em articulação com as culturas europeias e “os grandes desafios da globalização”.

Durante os diversos dias, os participantes vão, por exemplo, analisar os discursos em torno da identidade portuguesa, “tendo por referência os textos escritos pelo sacerdote jesuíta sobre “Portugal, a sua história, as derivas presentes e os desafios futuros”.

O presidente da comissão organizadora do congresso alerta para uma “tremenda incerteza” que marca o mundo atual e contextualiza que o padre Manuel Antunes “soube antecipar, nos anos 60 e 70 do século XX, com uma argúcia e lucidez extraordinárias, derivas, problemas e desfechos da vida portuguesa e internacional”.

José Eduardo Franco recorda que o padre Manuel Antunes foi “um mestre excecional que marcou para toda a vida milhares de estudantes”, “cerca de 15 mil”, que, ao longo de mais de um quarto de século, passaram pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

“A sua memória continua viva e a iluminar o caminho de quantos o conheceram, ouviram e leram”, acrescenta sobre o sacerdote Jesuíta que foi diretor da revista Brotéria e onde escreveu “centenas de artigos, usando 126 pseudónimos”.

Para além do congresso internacional, entre 3 e 6 de novembro, o centenário do nascimento do padre Manuel Antunes vai ser assinalado com diversas iniciativas, como uma exposição itinerante, leituras, uma biografia ilustrada e foi criado um sítio na internet com todas as informações.

Desde 2005, a Igreja Católica em Portugal atribui anualmente o prémio de cultura ‘Árvore da Vida – Manuel Antunes”, que visa destacar um percurso, ou uma obra no espaço da cultura portuguesa contemporânea, com atenção aos valores cristãos, à abertura à transcendência e à dimensão artística.

CB/OC

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