Nova Evangelização em estudo, em Paris Evangelizar na cidade dos media não é missão impossível É um congresso para evangelizar quem não reconhece o Evangelho, e também os que o conhecem, mas parecem indiferentes. É sobretudo para ensinar quem olha essa nova evangelização como tarefa urgente nas sociedades Ocidentais. Na segunda fase do Congresso Internacional da Nova Evangelização (em 2003 foi decorreu Viena, agora em Paris, no próximo ano em Lisboa, a que se seguem as cidades de Bruxelas e Budapeste), é sobretudo com e para os que se revêem na proposta cristã que se promovem conferências, debates e se fazem provocações na rua, a quem passa. Os colóquios são para partilhar e propor novas formas de falar de Cristo aos homens de hoje. As abordagens na rua, a quem por elas passa por todos os motivos menos por aquele que é abordado: já ouviu falar de Cristo? – Uma das perguntas que jovens e menos jovens de diferentes países da Europa fazem, por estes dias, aos parisienses e aos turistas que percorrem as ruas de Paris. A cidade das luzes parece indiferente a essa proposta que anima todo o congresso: “Quem nos fará ver a bondade?” – a interrogação que está espalhada por todos os locais onde decorrem as centenas de iniciativas que constam no guião de uma semana de Congresso e Missão na cidade e que se exibe em todos os sinais exteriores (postais, livros, bandeiras) desta iniciativas de 5 cidades da Europa, que as cores encarnada e amarela querem tornar bem visíveis. Ao longo desta semana, são sobretudo as conferências, pela manhã, e os ateliers, durante a tarde, que marcam os trabalhos. Paralelamente, decorrem as animações de rua e, em diferentes paróquias, iniciativas musicais, de debate ou partilha de projectos evangelizadores Os media na Evangelização Na tarde de ontem, os media estiveram em debate no atelier 365 (abundam as temáticas propostas a debate em cada dia). Na sala de um colégio de Paris, cerca de 4 dezenas de portugueses, franceses e ingleses ouviam o que se faz nos media pela Evangelização. A coordenar este atelier, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Manuel Felício. A lançar temas para o debate, o Director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, Cón. António Rego. A certeza de que evangelizar na cidade dos media não é missão impossível foi avançada aos participantes neste debate e confirmada pelos diferentes espaços de intervenção nos diferentes meios de comunicação social. Na televisão, nos jornais e sobretudo na rádio, são muitos os debates que querem contar com o público ouvinte. “Há cada vez mais gente a intervir nos meios de comunicação social, que pode fazer passar a sua mundividência cristã”, recorda António Rego. Nesse tipo de intervenções, o que acontece é “evangelização na cidade e no mundo de hoje”. “O tempo de antena” para Deus pode acontecer também através dos profissionais que vivem segundo os valores do Evangelho. Eles fazem-No passar nas suas comunicações. Depois, há os programas em que o Evangelho é anunciado directamente, nomeadamente através de transmissões litúrgicas. Apesar de todas as virtualidades, António Rego garante que é importante estar nos meios de comunicação social, nomeadamente a televisão e, aí, evangelizar “para baptizar os distraídos, para laicos públicos e privados, para os que têm uma vaga ideia de Deus e para as novas gerações”.