Na sua tarefa evangelizadora, a Igreja deverá “humanizar os seus heróis (Jesus Cristo e os Apóstolos)” porque “eles são exemplos para os jovens” – disse à Agência ECCLESIA Manuel Arouca, argumentista e conferencista nas jornadas Nacionais de Comunicação Social, a decorrer em Fátima. O participante destas jornadas – com o título «Será verdade o que vemos, ouvimos e lemos» – realçou também que gosta imenso de biografias de santos mas “acho que há uma desumanização dos santos”. É fundamental “humanizar as grandes figuras da Igreja” porque a Igreja “refugiou-se num discurso moralista e de poder”. E confessa: “gostava de colocar os santos mais humanizados na televisão”. Isabel Stilwell, directora do Jornal Destak, sublinhou à Agência ECCLESIA a Igreja poderá recorrer ao entretenimento para evangelizar. “Os portugueses tem tendência para confundir sério e seriedade. Há coisas que são sérias e podem dar vontade de rir”. Perante a questão da possibilidade de ficcionar o evangelho, Isabel Stilwell, a “Palavra de Deus não chega às pessoas” porque “há muita ignorância religiosa”. Num país maioritariamente católico não se compreende “mandar tirar os crucifixos das escolas” porque “fazem parte da história” – concluiu.