Evangelização: Obras de arte no Santuário de Cristo-Rei reforçam mensagem de paz

Almada, 03 abr 2017 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal e o reitor do Santuário Nacional de Cristo-Rei, em Almada, entre outros responsáveis católicos e sociedade civil, inauguraram obras de arte que reforçam a mensagem de paz do monumento, para além do novo elevador.

“Que continue a ser aquilo um monumento à paz, e possa ser mensagem de solidariedade, abertura e relacionamento pacífico entre as nações e as culturas”, disse o bispo de Setúbal.

Aos jornalistas, D. José Ornelas destacou que o Cristo-Rei em Almada é um monumento que “diz muito em termos da identidade e da tradição” nacional, uma “herança cultural e religiosa” que presidiu à sua construção.

Para além do novo elevador que dá acesso à imagem, no dia 31 de março também foram inaugurados baixos-relevos em bronze com a frase “Deus é Amor”, em 16 idiomas, um trabalho do arquiteto João de Souza Araújo.

“O santuário tem-se preocupado com esse aspeto de ter materiais em várias línguas, é fruto do desenvolvimento do turismo nacional”, comentou o prelado.

O bispo de Setúbal realçou que explicitar a mensagem através da arte é uma das “raízes da identidade” e, concretamente, de uma arte que se inspira na mensagem cristã “ajuda imenso a fazer leitura adequada” do que está no Cristo-Rei.

Os turistas, visitantes e peregrinos quando chegam ao sopé da imagem têm também um painel de azulejos, alusivos a passagens bíblicas na parede do miradouro.

“Desta forma podem levar para casa e para si a mensagem de paz”, sublinhou o reitor do santuário nacional.

O padre Sezinando Alberto afirmou que estavam a viver um “dia histórico” porque pela primeira vez desde a inauguração do Cristo-Rei em 1959 uma peça original foi “substituída” e agora a viagem é feita “com mais segurança, com mais silêncio”.

Já o bispo de Setúbal estava “evidentemente” satisfeito com as obras, que “eram necessárias” pela idade do equipamento e a necessidade de salvaguardar a segurança e eficiência nesse serviço.

O acesso ao piso superior do monumento está aberto a todas as pessoas desde sábado dia 1 de abril e o seu reitor, ainda sem a fatura final, adiantou que a obra passou “pouco dos 250 mil euros” e já “estão pagas”.

Em 60 anos de história, foi a segunda vez que o Cristo-Rei foi limpo, depois de 2001, desta vez com o serviço especializado de alpinistas.

Neste contexto, o padre Sezinando Alberto revelou que vão começar outra obra porque verificaram fissuras em alguns sítios da imagem e vai ser pedida ajuda ao LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil para ser feito um estudo.

D. José Ornelas acrescentou também que existem projetos para “criar maior acolhimento das pessoas”, onde o alojamento é uma possibilidade, para oferecer a “complementaridade do local e do monumento com a explicitação mais clara da mensagem que queremos transmitir.

Até final de junto, a subida ao monumento de 110 metros tem um custo de 5 euros para adultos e 2,50 euros para crianças de 8 a 12 anos; é gratuito para crianças até aos 7 anos de idade.

O reitor do santuário nacional destacou que desde há cinco anos têm estado a aumentar o número de visitantes em “mais de 40%” e exemplifica o “grande crescimento” das “110 mil pessoas” que iam ao piso superior quando chegou em 2003 para as “250 mil” do ano passado.

A inauguração dos novos equipamentos e obras de arte teve a presença de responsáveis católicos e da sociedade civil, como o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé), D. Rino Passigato, e o presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas.

HM/CB

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Agência ECCLESIA

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