Eutanásia: Médicos católicos manifestam «preocupação e perplexidade»

Associação lamenta clima de «desconfiança» após série de declarações sobre prática de eutanásia nos hospitais

Lisboa, 16 mar 2016 (Ecclesia) – A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) manifestou a sua “preocupação e perplexidade” após uma série de declarações sobre prática de eutanásia nos hospitais, lamentando o clima de “desconfiança” gerado.

“A sociedade portuguesa foi recentemente confrontada, através dos meios de comunicação social, com informações que não podem senão deixá-la ficar extremamente preocupada”, refere uma nota da associação, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A AMCP precisa que tais declarações têm apresentado, como um facto, a prática da eutanásia nos hospitais portugueses, envolvendo médicos e enfermeiros, “numa prática encapotada de crime de homicídio”, que acaba por lançar “a desconfiança sobre os profissionais de saúde”.

“A Associação dos Médicos Católicos Portugueses, perante tais notícias, não pode deixar de, publicamente, manifestar a sua preocupação e perplexidade, interrogando-se sobre a finalidade de tais afirmações”, referem os responsáveis do organismo.

Segundo o comunicado, a eutanásia “atenta contra a vida das pessoas” e vai também “contra a dignidade pessoal dos profissionais de saúde e a sua responsabilidade ética”.

“Deve, assim, ficar encerrada qualquer via para a legalização da eutanásia, mesmo sob a aparência de um ato de compaixão ou mesmo que, em relação a ela, fossem invocadas práticas clandestinas, no intuito de que os factos venham a fazer as leis”, sustenta a AMCP.

A nota alerta para a “instrumentalização” da opinião pública e para “interesses económicos” que prevalecem sobre as pessoas.

“A Associação dos Médicos Católicos Portugueses faz votos para que, indo contra esta corrente, políticos e demais cidadãos se empenhem para que haja bons cuidados de saúde, com competência, prevenção, proteção e acompanhamento das pessoas, em todas as situações e fases da sua vida, numa sociedade verdadeiramente democrática”, acrescenta o organismo.

Após saudar a posição assumida pela Ordem dos Médicos sobre as notícias mencionadas, a AMCP reiterar a sua disponibilidade para “colaborar na implementação e na prossecução dos verdadeiros valores da ação médica”.

OC

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Agência ECCLESIA

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