Angra do Heroísmo, Açores, 18 fev 2016 (Ecclesia) – O capelão do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, nos Açores, frisou sobre a questão da eutanásia o mandato médico em salvar vidas e a necessidade de apostar mais nos cuidados paliativos.
Numa entrevista em destaque no portal informativo “Igreja Açores”, o padre Paulo Borges considera “quase uma contradição que a medicina, que foi criada para salvar a pessoa, seja usada para eliminar a pessoa”.
“É mais fácil legalizar a eutanásia ou investir na medicina paliativa? (…) Claro que há sofrimento, claro que há dor, claro que há desamparo mas é exatamente para isso que a medicina existe, que os cuidados de saúde existem”, sublinha o sacerdote.
O tema da eutanásia voltou à ordem do dia com a intenção do Bloco de Esquerda em apresentar na Assembleia da República uma proposta de lei para a despenalização desta prática.
Recentemente um movimento cívico constituído por 112 personalidades da sociedade portuguesa, incluindo os antigos candidatos às últimas eleições presidenciais, António Sampaio da Nóvoa e Marisa Matias, defendendo a “urgente” despenalização e regulamentação da morte assistida.
IA/JCP