Évora, 26 fev 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora divulgou hoje uma reflexão a respeito da aprovação dos projetos de lei que visam a legalização da eutanásia em Portugal, convidando os católicos a reforçar a sua presença junto de quem sofre.
“Deve ressoar nos Cristãos, de modo renovado e incidente, o apelo a fazermo-nos presentes e a acompanhar quem sofre”, escreve D. Francisco Senra Coelho, muitas vezes “sozinho, sem ninguém, e muitas vezes, sem nenhuma perspetiva que dê sentido à vida”.
Num documento enviado à Agência ECCLESIA, o responsável católico sustenta que é “sempre necessário e possível acompanhar e consolar”, considerando que a eutanásia ou o suicídio assistido “não são soluções para o sofrimento, mas o desrespeito pelo valor supremo da vida”.
“Aliviar a dor através de cuidados continuados e paliativos, acessíveis a todos, é um dever e um direito, a que a sociedade e o poder constituído deveríamos estar mais atentos”, prossegue.
O arcebispo de Évora rejeita igualmente a obstinação terapêutica e o recurso a meios desproporcionados e sem efeitos práticos para prolongar a vida.
A reflexão desafia as comunidades cristãs ao acolhimento de todos os fragilizados, “sobretudo os doentes, os mais idosos, as pessoas com deficiência e os sós”.
“Continuemos afincadamente a trabalhar pela promoção e defesa do valor inalienável da vida humana”, indica D. Francisco Senra Coelho.
OC