Europa: Trabalhadores cristãos defendem criação de um «rendimento básico»

«Em muitos casos o trabalho remunerado não gera o salário suficiente para poder viver dignamente», realçam

Lisboa, 04 dez 2015 (Ecclesia) – O Movimento Europeu dos Trabalhadores Cristãos (METC) diz que a definição de um “rendimento básico é imprescindível” para combater situações como a pobreza ou o desemprego prolongado.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o organismo defende este mecanismo como forma de garantir que “a pessoa fique acima do limiar da pobreza, e que permita a todas as pessoas viver com dignidade”.

“Em muitos casos o trabalho remunerado não gera o salário suficiente para poder viver dignamente”, frisa o METC.

O tema do rendimento básico tem sido debatido em vários países, como Portugal, mas em outros “ainda não foi iniciado”.

A solução proposta envolveria o financiamento “através de uma redistribuição das riquezas”, mais equitativa.

Por outro lado, a adoção deste modelo “evitaria o estigma daquelas pessoas que, por qualquer causa, não têm acesso ao mercado laboral” ou que têm de suportar situações de “indignidade”.

“As pessoas têm direito de viver de uma forma digna e ser livres para escolher o seu trabalho. Para isso é necessário assegurar uma fonte de rendimento suficiente”, reforça o METC, que também olha para a crise de refugiados que tem estado a marcar a Europa.

“Estes homens e mulheres deixados na incerteza têm direito ao bem-estar igual ao nosso. Consideramos este bem-estar como uma conquista. Devem ter direito a uma atenção primária que lhes permita resgatar a sua dignidade e humanidade e tenham a oportunidade de ver o futuro tão incerto, com uma confiança renovada”, conclui o organismo.

JCP

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