Europa: Secretário-geral dos episcopados católicos acredita que o Papa Francisco vai trazer «entusiasmo, alegria e fé»

Padre português Duarte da Cunha destaca carácter «decidido» do antigo arcebispo de Buenos Aires

Cidade do Vaticano, 18 mar 2013 (Ecclesia) – O secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) considera que o pontificado do Papa Francisco pode ser fundamental para a revitalização social e católica do Velho Continente.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o padre Duarte da Cunha realça que “a Europa, para renascer, precisa de importar entusiamo, alegria e fé dos povos do sul, da África, da Ásia, da América Latina” e o facto do sucessor de Bento XVI ser argentino “criou uma grande expetativa”.

O sacerdote português recorda que as nações daquelas partes do globo estão em destaque “não só” pela “vibração da fé”, pelo catolicismo emergente, mas também pela vitalidade social que demonstram.

“A demografia na Europa está a cair enquanto nos outros continentes está a subir, julgo que a Europa vai ganhar com isso, claro que há problemas específicos que precisam de ser compreendidos à maneira europeia”, ressalva aquele responsável.

O porta-voz da CCEE classifica o Papa Francisco como a “pessoa simples, decidida” que a Igreja Católica precisava para “andar para a frente” e evoluir ao nível da evangelização, do diálogo com os diversos episcopados europeus e das relações com as outras Igrejas cristãs.

“Apesar de não ser europeu, o Papa Francisco tinha família em Itália e estudou na Alemanha, portanto a Europa não é completamente desconhecida, e certamente estes grandes desafios vão estar na sua agenda”, sustenta o padre Duarte da Cunha.

Integrado na CCEE há mais de cinco anos, o sacerdote realça que a questão do reforço da colaboração entre a Santa Sé e as diversas conferências episcopais tem estado “sempre em cima da mesa”.

“É um pouco o problema das grandes organizações, as coisas vão-se desenvolvendo e a certa altura especializando e requer-se uma nova colaboração, um aprofundamento da colaboração, novos estilos de diálogo, e durante este pontificado isso vai com certeza ser visto como um objetivo ainda mais forte”, antevê o sacerdote.

PR/JCP

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