Lisboa, 17 out 2011 (Ecclesia) – Várias organizações de solidariedade em Portugal e na Europa manifestaram o seu apoio à continuação do Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC), que ajuda 18 milhões de pessoas, recentemente reduzido em 75% por razões legais.
“Na Europa, 43 milhões de pessoas estão em risco de carência alimentar: não têm meios para pagar uma refeição completa todos os dias”, alerta um comunicado subscrito pelos Bancos Alimentares Contra a Fome, a Cruz Vermelha Francesa, a Caritas, a “Entraide Protestante”, a “Armée du Salut”, as Conferencias de São Vicente de Paulo, a Comunidade de Santo Egídio, os “Restos du Cœur” e o “Secours Populaire” em França, assim como as mais de 30 000 organizações de solidariedade social beneficiárias deste apoio alimentar.
Os signatários manifestam a sua “apreensão” perante “uma situação que compromete o futuro da ajuda alimentar na Europa”.
Iniciado em 1987, PCAAC permite fornecer alimentos produzidos com os stocks dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados “stocks de intervenção”.
“Se porventura se concretizarem as previsões para o fim dos ‘stocks de intervenção’ em 2012 o orçamento deste programa, que ajuda a alimentar quem mais precisa, poderá ter mesmo valor zero”, alertam as organizações de solidariedade.
A Comissão Europeia propôs novas alterações para ultrapassar o impasse atual, introduzindo a coesão social como base jurídica, mas seis dos 27 países da UE bloqueiam a adoção do Programa.
OC