Europa: laboratório de convivência solidária e de paz

“Se falta a referencia à verdade, a democracia transforma-se em técnica processual, a biotecnologia em fabricação da vida e do homem, e as tecnologias da informação em produção de mundos virtuais, com o risco de formas inéditas de sujeição do homem ao homem”, denuncia o Cardeal Renato Martino que interveio num seminário de estudos, em Roma. Verdade, liberdade, solidariedade e sentido de sacrifício são os valores que tornaram possível, após a Segunda Guerra Mundial, a construção europeia, desejada pelos «pais» fundadores para a pacificação do Continente, e é na base destes mesmos valores que a Europa poderá desempenhar o seu papel futuro numa mundo globalizado e pacificado. Delineando a visão da Santa Sé sobre o papel da Europa, o Cardeal Martino sublinhou o pedido de sentido que a técnica faz no âmbito politico, onde incumbe o risco da tecnocracia. No âmbito da manipulação da vida, “onde se confia cegamente nas biotecnologias” e no âmbito da comunicação, remodelado e abalado pela tecnologia informática. Da resposta certa ou errada nestes três âmbitos, “dependerá em grande parte o futuro da Europa, e em definitivo, da humanidade”. Na sua opinião “a Europa deve ser um continente aberto e acolhedor, continuando a realizar na era actual da globalização formas de cooperação internacional não só económica, mas também social e cultural, em termos de uma nova cultura de solidariedade, pensada como semente da paz”. “Este velho Continente que conheceu antes dos outras guerras de religião, imperialismos, ideologias e totalitarismos, tem o dever de se propor ao mundo globalizado como um laboratório de convivência solidária e de paz”, finalizou. Com Rádio Vaticano

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