Europa: Igreja pede «alma» perante crise

Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa diz que União é mais do que «mercado comum»

Lisboa, 03 jul 2013 (Ecclesia) – O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse à Agência ECCLESIA que a Europa precisa de “alma” que os seus cidadãos possam “esperar e confiar no futuro”.

“A Europa é muito mais que um mercado comum, uma sociedade de mais ou menos ricos comerciantes, uma empresa de negócios do 1.º mundo”, refere o padre Manuel Morujão, num balanço da reunião dos secretários de 33 Conferências Episcopais europeias que decorreu até domingo em Varsóvia, Polónia.

O tema geral do encontro estava centrado na exortação apostólica de João Paulo II ‘A Igreja na Europa’, por ocasião do 10.º aniversário da sua publicação.

“A Europa, para ter futuro, precisa de tratar bem as raízes que lhe deram vida e a fizeram crescer, necessita de cultivar os valores humanos e cristãos da fraternidade e da solidariedade”, assinala o padre Manuel Morujão.

O secretário da CEP destaca a “grande diversidade de contextos culturais, de histórias, tradições e línguas” presente no encontro, no qual diz ter verificado que “há muitos mais laços de unidade do que pontos de separação”.

Para além das fronteiras da Europa, participaram o secretário da assembleia dos bispos católicos da Ásia, o padre canadiano Raymond O’Tole, que vive em Hong Kong, e o padre romeno Pietro Felet, secretário da assembleia dos bispos católicos da Terra Santa.

“As suas aportações deram-nos a consciência de que a Igreja de Cristo é mesmo católica, ou seja, universal, sem fronteiras, e que a Europa não pode ficar fechada dentro das suas muralhas”, assinala o padre Morujão.

Segundo o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que organizou o evento, os participantes foram chamados a analisar “as luzes e sombras da crise que atravessa o continente europeu, uma situação que interpela a Igreja na sua missão de anunciar o Evangelho”.

OC

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