Organização católica diz que Parlamento Europeu mostrou sensibilidade pelos sofrimentos dos cristãos no Médio Oriente
Lisboa, 23 set 2014 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) agradeceu hoje a nomeação para o Prémio Sakharov 2014 e sustentou que esta escolha mostra sensibilidade do Parlamento Europeu pelos sofrimentos dos cristãos no Médio Oriente.
“Recebemos esta nomeação como uma confirmação por parte da comunidade internacional do terrível sofrimento dos cristãos perseguidos em todo o mundo e como um reconhecimento do trabalho da AIS na defesa e promoção da liberdade de religião e de pensamento. Isto não seria possível sem a graça de Deus e o apoio dos nossos benfeitores”, refere o presidente executivo da AIS, Johannes Heereman, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A AIS foi nomeada este ano para o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído todos os anos para homenagear personalidades ou entidades que se esforçam por defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais.
A fundação pontifícia foi selecionada juntamente com outras instituições, incluindo L'Oeuvre d'Orient e a Open Doors International, coordenadas pela organização francesa CHREDO (Coordenação dos cristãos em perigo).
Esta proposta foi impulsionada por Philippe Juvin, deputado do Parlamento Europeu (França, EPP), com o apoio individual de parlamentares de vários países e famílias políticas.
As sete nomeações para o Prémio Sakharov incluem a do patriarca da Igreja Católica Caldeia, D. Louis Raphaël Sako, atual presidente da Conferência Episcopal do Iraque, juntamente com o professor muçulmano Mahmoud Al-Asali, assassinado por defender os direitos dos cristãos em Mossul, a 20 de julho de 2014.
“Duas nomeações pela defesa do direito fundamental da liberdade de religião e de pensamento no mesmo ano são muito raras, o que atesta a crescente tomada de consciência do perigo que correm as minorias religiosas em todo o Médio Oriente”, observa a AIS.
Este prémio de direitos humanos vai ser entregue em Estrasburgo a 26 de novembro, 24 horas depois da visita oficial que o Papa Francisco vai fazer aos eurodeputados.
OC