Papa agradece à Alemanha pelo acolhimento destas populações
Cidade do Vaticano, 20 nov 2015 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano os bispos alemães, em visita ‘ad Limina’, e disse que a chegada de refugiados abriu um “período excecional” na vida da Europa.
“Atualmente, estamos a viver um período excecional. Centenas de milhares de refugiados vieram para a Europa ou colocaram-se a caminho em busca de refúgio da guerra e da perseguição”, referiu, num discurso entregue aos membros da Conferência Episcopal da Alemanha.
Francisco agradeceu o “grande apoio” que a Igreja na Alemanha, através das suas organizações caritativas, tem vindo a oferecer “em todo o mundo”, e pediu que continuem a ser oferecidas “assistência e proximidade humana” aos refugiados.
“No espírito de Cristo, queremos continuar a enfrentar o desafio do grande número de necessitados e, ao mesmo tempo, apoiamos as iniciativas humanitárias para fazer com que as condições de vida dos países de origem se tornem mais suportáveis”, acrescentou.
O discurso aludiu depois à celebração do Jubileu da Misericórdia, durante o qual a Igreja vai ser desafiada a promover a redescoberta da Confissão e da Eucaristia junto dos seus fiéis.
Francisco pediu que a Conferência Episcopal da Alemanha nunca se canse de ser “a advogada da vida”, protegendo-a “incondicionalmente desde o momento da conceção até à morte natural”.
“Como são grandes as feridas que a nossa sociedade tem de sofrer pelo descarte dos mais fracos e os mais indefesos”, lamentou.
Quanto à vida interna da Igreja na Alemanha, o Papa identificou uma “erosão” da fé católica no país, com queda na participação nas missas dominicais, nos sacramentos e nas vocações, pelo que apresentou como “imperativo” a conversão pastoral.
“A Igreja não é um sistema fechado, que gira sempre em volta das mesmas perguntas. A Igreja é viva, sabe inquietar e animar”, indicou.
OC