Europa: Federação das Associações Familiares Católicas diz que é tempo de «agir» contra o atual «inverno demográfico»

Representante português no organismo lamenta «políticas demolidoras no campo da vida e da família»

Braga, 17 abr 2018 (Ecclesia) – A Federação das Associações Familiares Católicas na Europa (FAFCE), que esteve reunida em conselho de presidência em Viena, na Áustria, sublinha a necessidade de políticas nacionais que combatam o atual “inverno demográfico”.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, aquele organismo alerta para uma “urgência silenciosa que diz respeito a todos os países europeus” – frase que deu tema à referida reunião – e defende a importância de cada nação tomar “consciência” e “agir” perante este problema, a vários níveis.

Desde o desenvolvimento de medidas que reconheçam o papel “único, fundamental e insubstituível da família na sociedade”, e que a coloquem “no centro das políticas nacionais”.

Até à implementação de soluções que não se fiquem pelo “simples apoio social”, mas que apontem “para o futuro numa sociedade cada vez mais envelhecida” e que tenham em particular atenção os mais novos.

Hoje, muitos jovens mostram-se disponíveis para “construir uma família com vários filhos mas, frequentemente, são desencorajados por políticas inadequadas e individualistas hostis à família”, pode ler-se.

A Associação Famílias é uma das subscritoras deste documento saído da reunião de Viena.

Carlos Aguiar Gomes, atual presidente da direção da Associação Famílias, realça uma matéria em que Portugal “infelizmente, toma a dianteira”.

“Portugal vive uma hecatombe demográfica, desde 1980 e os nossos decisores políticos continuam a promover políticas demolidoras no campo da vida e da família”, aponta aquele responsável, que lamenta ainda a “passividade” com que este contexto é encarado pela sociedade.

No mesmo comunicado, a FAFCE alerta também para a importância de não esquecer as populações mais idosas coloca-se ao lado das vozes críticas à legalização da eutanásia em Portugal.

Para aquele organismo, importa “apoiar os cuidados paliativos e políticas de cuidados ao domicílio avançados, que protejam a dignidade de cada pessoa até à morte natural”.

Criada há mais de 20 anos, a Federação das Associações Familiares Católicas na Europa congrega atualmente instituições de 14 países, incluindo de Portugal, ao serviço da “sacralidade da vida”, promovendo a “aliança entre gerações”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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