Assembleia geral com participação portuguesa, em Tirana, na Albânia
Lisboa, 24 mar 2017 (Ecclesia) – A capital da Albânia recebe entre hoje e amanhã a 89.ª Assembleia Geral do Comité Europeu das Escolas Católicas, que tem em agenda ‘a autonomia do ensino católico’ no espaço europeu.
Em declarações publicadas pela Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã, Elisa Urbano, coordenadora do departamento da Escola Católica, frisa o “direito” dos alunos “a uma educação que os faça refletir sobre o religioso, sobre o sentido da vida”.
“Uma comunidade pluralista tem de garantir o direito de cada um à educação ao longo da vida. Numa sociedade democrática é necessária uma pluralidade de projetos educativos que respondam às diferenças. Estes projetos serão os do Estado mas também os da sociedade civil”, aponta aquela responsável.
Em cima da mesa, durante o encontro em Tirana, vai estar “uma proposta de uma organização não-governamental intitulada OIDEL, “especializada no direito à educação e liberdade de ensino” e que tem “o estatuto de consultora junto do Conselho Económico e Social europeu e da Unesco”.
O objetivo realçado no título da proposta passa por ‘promover uma nova educação – mudando a perspetiva do Estado para o ponto de vista dos cidadãos’.
Segundo Elisa Urbano, o texto que vai ser analisado defende ainda “a necessidade do Estado reconhecer todos os parceiros interessados (pais, professores, alunos, sociedade civil) na elaboração do seu projeto de educação de modo a garantir uma maior coesão social”.
Portugal vai estar representado na assembleia pela coordenadora nacional do departamento da Escola Católica e também pelo presidente da Associação Portuguesa das Escolas Católicas, o padre Querubim Silva.
O evento vai também refletir sobre o “diálogo intercultural e inter-religioso nas escolas católicas europeias” e que contributo é que estas são chamadas a dar para a preservação do ideal europeu.
Isto “ainda no rescaldo do atentado de ontem em Londres e do aparecimento, em vários países de movimentos extremistas, e perante um crescente coro de vozes que se levantam contra o rumo do projeto europeu”, pode ler-se.
JCP