Reunidos na Terra Santa, aqueles responsáveis apontaram a necessidade de responder também «à situação dos países de origem destas pessoas»
Jerusalém, 16 set 2015 (Ecclesia) – A assembleia geral anual do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que pela primeira vez decorreu na Terra Santa, terminou hoje com apelos a uma ação mais decidida da União Europeia e da ONU em favor dos refugiados.
No comunicado final enviado à Agência ECCLESIA, os presidentes dos episcopados do Velho Continente salientam que “a complexidade” desta situação, em todas as suas diferentes “variáveis”, deve merecer “grande atenção por parte dos Estados” em ordem a uma “resposta pronta a quem precisa de assistência imediata”.
Os responsáveis católicos destacam a importância de “acolher” com “hospitalidade generosa” todos quantos desesperam “com a guerra, a perseguição e a miséria” e de colaborar na sua “integração”.
Esperam ainda “que a ONU tome a situação sob uma decidida consideração e chegue a uma solução efetiva, não só no que toca ao acolhimento aos migrantes mas também quanto à situação dos países de origem destas pessoas”.
No entender dos bispos europeus, é urgente “tomar medidas apropriadas para estancar a violência” que tomou conta daquelas nações, e substituí-la por um ambiente “de paz”, mais favorável ao “desenvolvimento” de todos os que ali vivem.
Países como Iraque, a Síria, o Irão ou a Líbia são alguns dos países que mais refugiados e migrantes têm a caminho da Europa.
“O Médio Oriente”, com os seus “conflitos, divisões e guerras”, refere a nota da CCEE, “precisa de justiça e de estabilidade nas suas diversas regiões e populações”.
A assembleia geral anual dos bispos do Velho continente juntou mais de 40 bispos para discutirem os desafios da Igreja no território.
O evento realizou-se pela primeira vez na Terra Santa a convite do patriarca Latino de Jerusalém, D. Fouad Twal, que na sua primeira saudação recordou também a “difícil situação” dos migrantes e refugiados que procuram na Europa “paz, trabalho e uma qualidade de vida decente”.
Portugal esteve representado pelo bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, e pelo secretário da CEP, padre Manuel Barbosa.
JCP