Lisboa, 13 set 2013 (Ecclesia) – Manuel Braga da Cruz (UCP), antigo reitor da Universidade Católica afirmou hoje, no segundo encontro “Portugal no futuro”, que é “impensável” perceber a Europa sem o cristianismo.
Para Braga da Cruz, “a Europa precisa de ter consciência de si própria, da sua origem e precisa de Deus mesmo que muitos europeus não queiram ouvir falar disso”.
O antigo reitor da UCP respondia à questão “Será que a Europa precisa de Deus?”, que juntou no mesmo debate Manuel Braga da Cruz, João Pereira Coutinho e Joana Amaral Dias.
“A Europa não precisa de Deus”, defendeu Joana Amaral Dias, que reafirmou a sua convicção durante o debate, e explicou que a pergunta é enganadora porque não define se é a Europa que precisa da matriz cristã ou os cidadãos.
Para a psicóloga clínica, “a Europa precisa de coisas bastantes mais importantes como arroz e dinheiro”.
Segundo Joana Amaral Dias, neste momento, os europeus identificam outros valores como justiça, democracia, igualdade, direitos humanos ou a paz mais importantes e consideram que “a religião é residual, que se dá demasiada importância”.
João Pereira Coutinho, por seu lado, afirma que a Europa precisa de Deus “mais do que nunca” porque “só com os homens não vai lá”.
Na matriz europeia, a separação entre Estado e religião está presente e existe liberdade para que os cidadãos tenham as suas convicções, garantindo-se nomeadamente “o diálogo inter-religioso” no “espaço público”, o que é necessário para comentador.
João Pereira Coutinho defende que a Europa precisa de Deus, dos seus símbolos e que no Continente não “não existe um problema religioso com a fé cristã”.
O 2º encontro “Portugal no Futuro”, que decorre no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, hoje e amanhã, é promovido Fundação Francisco Manuel dos Santos e tem por tema «Portugal Europeu. E agora?».
CB/PR