Euro 2024: Jornalista Hugo Tavares da Silva destaca «pequenas mensagens» que podem ser «inspiradoras e formar pessoas» (c/vídeo)

Coordenador de Deporto da Renascença assinala que jogadores portugueses têm «sentido muito apoio dos adeptos»

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 27 jun 2024 (Ecclesia) – Hugo Tavares da Silva, coordenador de Desporto da Rádio Renascença, afirma que “é sempre valorizar” quando se vê um grupo de jogadores “solidário” e a passar “os bons valores”, como a seleção portuguesa de futebol no Euro2024.

“Os jogadores nem têm de ser ativistas, mas são um exemplo, de facto. E, às vezes, há aqueles pequenos declarações ou gestos, como o passe do Cristiano para o Bruno Fernandes, que se falamos de futebol é decisão óbvia e certa, e quando se faz um gesto de generosidade, que se calhar terá um ‘V’ de volta, quem sabe nos próximos jogos, isso tudo marca o espírito e a harmonia que há num grupo e pode ser inspirador para os outros”, disse o jornalista, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O responsável Renascença lembrou também as declarações de João Cancelo que disse, “emocionado”, que adorava jogar por Portugal, que “representava a família, os amigos, os amigos da rua”.

“Tudo isso são pequenas mensagens que podem ser inspiradoras e formar pessoas e pequenos jovens”, salientou.

Para Hugo Tavares da Silva quando se vê “um grupo solidário”, a querer representar bem uma seleção e a passar os bons valores “com uma atitude certa, é sempre valorizar”, e, nesta “mensagem que passa”, há histórias pequenas que estão a passar no EURO 2024, que demonstram, às vezes, que “mini episódios mostram a identidade deste tipo de torneio”, como o alemão que toca saxofone nas ruas, “e vira aquilo tudo”, a guerra das comidas. “partir esparguete à frente dos italianos ou baguetes à frente dos franceses”.

“Portugal está a ser muito reconhecido pelo apoio no estádio, por uma música que é muito simples, mas que está a ser falado imenso que Portugal está a dar um apoio brutal”, acrescenta, referindo-se à música ‘Sou, Portugal eu sou’.

Imagino que quem já viveu, mesmo que pouco tempo fora de casa e longe de casa, é sempre bom quando alguém traz um pouco de casa até si; ter ali os seus heróis, alguns de infância, outros que vimos desde sempre, a carreira toda, há de ser muito de valorizar essa presença dos jogadores, e da seleção e poder puxar por eles perto e serem protagonistas no apoio, imagino que seja especial”.

Hugo Tavares da Silva realça que os jogadores portugueses têm “sentido muito” o apoio dos adeptos na Alemanha, onde “há muitos portugueses”.

“Os jogos têm tido 12 mil, 15 mil portugueses no estádio; há muita gente à volta, há muita gente num hotel a pedir autógrafos, fotografias. É verdade que a interação é mais forte quando está o Cristiano Ronaldo envolvido. Mas, nota-se muito esse impacto”, explicou, no Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2, dia de descanso no EURO 2024, sem jogos no calendário.

O jornalista falou também do excesso e do “perigo” que são as invasões de campo dos adeptos, “primeiro é um perigo”, mesmo com “boas intenções e só querem selfies”, mas alerta que “é realmente perigoso quando a natureza do gesto for outra”, o que “seria drástico, pelo óbvio, mas também porque há muitos milhões de pessoas a ver”.

“Com Portugal houve cinco, quatro durante o jogo, sempre visando o Cristiano, o primeiro é um miúdo, uma criança e, claro, o Cristiano até abriu os braços e quis recebê-lo e ser uma pessoa admirável, só que depois abriu a porta para que outros fizessem o mesmo e vêm os adultos e os excessos”, lamentou.

PR/CB/OC

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