Eucaristia dominical deve ocupar lugar central da fé e vivência religiosa

Apelo de D. António Santos às famílias da Póvoa de Lanhoso «Em que é e de que forma os cristãos revelam aos não-crentes ou não-praticantes o encanto do Domingo, a beleza da Eucaristia e a alegria da Comunidade que se reúne? Será que da eucaristia que celebramos jorra uma torrente de vida, de força, de esperança, de alegria, de entusiasmo, de beleza e de solidariedade que pode através de nós inundar silenciosamente as famílias, as escolas, as empresas, as aldeias e vila de Póvoa de Lanhoso? Como pode a Eucaristia ser o centro e o vértice da evangelização na nossa terra?» Estas foram algumas das interrogações feitas anteontem por D. António Francisco dos Santos na missa que este Bispo Auxiliar de Braga celebrou antes da procissão do Corpo de Deus pelas ruas da Póvoa de Lanhoso com a participação das 31 paróquias deste arciprestado. Procurando criar ambiente para a procissão eucarística, D. António Santos disse aos fiéis que a Eucaristia «permite fazer da variedade das diferenças, não um risco de dispersão ou de desunião, mas uma força de convergência para a unidade, para a comunhão, para a reconciliação e para o perdão». «Esta dimensão eucarística — continuou — ganha maior sentido e valor no contexto do plano pastoral da Diocese de Braga que nos convida a evangelizar a Família, entendida como comunidade de amor, berço de vida e Igreja doméstica, onde e para quem a Eucaristia dominical deve ocupar um lugar central da fé e da vivência religiosa». Depois, o prelado lançou este apelo: «Façamos das festas da Primeira Comunhão das crianças festas e celebrações eucarísticas de toda a Família». «Sejamos todos nós, a partir de cada Eucaristia, fermentos de unidade e construtores da comunhão na sociedade. Esse é também o sentido da procissão do Corpo de Deus», disse também D. António Francisco dos Santos aos fiéis congregados na igreja matriz da Póvoa de Lanhoso para participar na missa e cortejo eucarístico da festa que se realiza na quinta- -feira a seguir ao Domingo da Santíssima Trindade. «Não se trata de uma manifestação triunfalista da Igreja […]; trata-se, isso sim, do triunfo de Jesus Cristo, realmente presente na Eucaristia, reconhecido e amado por um Povo crente que O adora como seu Rei e Senhor », explicou o prelado, justificando a realização desta e de outras procissões. Tanto a celebração e vivência da Eucaristia como a participação nesta procissão, com tudo o que isso significa na vida pessoal e comunitária dos cristãos – referiu também D. António Santos —, devem ter efeitos numa sociedade «cada vez mais fragmentada, na concepção da verdade, na definição da felicidade, na identificação do bem comum, na dimensão religiosa e na própria compreensão da dignidade humana». Mas para que tal aconteça, deve ter-se em conta «outra dimensão essencial da Eucaristia» — o envio e a missão. Ou seja, que os cristãos partilhem «sonhos e lutas, desafios e esperanças », impregnem «de profundidade eucarística os discernimentos e decisões» e dêem «testemunho da esperança cristã e da alegria espiritual». «E quando sentirdes o cansaço, o desânimo, a doença ou a falta de coragem — indicou D. António Santos — procurai o Senhor, adorai-O em silêncio e Ele fortalecerá o vosso coração e iluminará a vossa inteligência».

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