Lisboa, 10 Fev (Ecclesia) A Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América (USCCB) manifestou ao governo do país a sua oposição à decisão de repatriar cidadãos do Haiti que abandonaram a ilha após o sismo de Janeiro de 2010.
Numa carta enviada ao Departamento de Segurança Nacional, a USCCB assinala que este “não é momento para reiniciar as deportações”.
“Continuar com as deportações nestas condições representa o desprezo pela vida e a dignidade dos haitianos”, pode ler-se na missiva.
A Conferência Episcopal alude à deportação de 27 haitianos, no último dia 20 de Janeiro, um dos quais terá morrido, após o repatriamento, devido à epidemia de cólera.
“Pedimos que estas deportações sejam interrompidas por um período indeterminado”, escrevem os bispos.
A USCCB sugere que o governo norte-americano ajude as famílias de doentes levados para os EUA e crie um programa familiar para apoiar 55 mil haitianos.
A carta é assinada pelo arcebispo coadjutor de Los Angeles e presidente do Comité de migrações da USCCB, José Gomez, e pelo bispo de Tucson e presidente da «Catholic Relief Services» (agência humanitária da USCCB), Gerald Kicanas.
OC