EUA: Bispos católicos saúdam decisões sobre aborto e respondem a críticas no apoio a refugiados

Conferência Episcopal defendem «cultura de vida no país e no estrangeiro»

Lisboa, 29 jan 2025 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal dos EUA (USCCB, sigla em inglês), saudou a decisão do presidente Donald Trump de “acabar com o aborto financiado pelos contribuintes” norte-americanos.

“Uma maioria significativa de americanos opõe-se a ser forçada a apoiar o aborto através dos seus impostos. Estou grato pelo reforço das políticas que nos protegem de sermos obrigados a participar numa cultura de morte e que nos ajudam a restaurar uma cultura de vida no país e no estrangeiro”, escreve D. Daniel E. Thomas de Toledo, presidente do Comité de Atividades Pró-Vida da USCCB.

A tomada de posição, divulgada pelo site do episcopado católico, surge em resposta a uma ordem executiva e a um memorando emitido pelo presidente Trump na última sexta-feira.

A USCCB sublinha que o memorando “restaura e expande a ‘Política da Cidade do México’, que impede que os recursos dos contribuintes vão para organizações que realizam ou promovem o aborto no exterior.”

Os EUA anunciaram a sua adesão à ‘Declaração de Consenso de Genebra’, uma declaração internacional destinada a reforçar a saúde das mulheres, o direito à vida dos nascituros e o papel da família.

“É importante e encorajador ver os Estados Unidos assumirem novamente a liderança na afirmação do direito à vida e do lugar fundamental da família no palco global, onde muitas pressões podem ser exercidas contra estes valores”, refere D. Daniel E. Thomas de Toledo.

O responsável católico sustenta ainda que “os americanos pró-vida têm o direito de rezar em público, de aconselhar as mulheres que estão a considerar a hipótese de abortar e de protestar pacificamente”.

“Apoiamos os homens e as mulheres que exercem estes direitos para dar testemunho de uma cultura da vida e, ao mesmo tempo, rejeitamos absolutamente o recurso à força ou à violência”, acrescenta a nota.

A USCCB emitiu, ainda, uma declaração sobre a sua parceria de “longa data” com o governo federal para “servir os refugiados”.

“Fiel ao ensinamento de Jesus Cristo, a Igreja Católica tem uma longa história de serviço aos refugiados. Em 1980, os bispos dos Estados Unidos iniciaram uma parceria com o governo federal para levar a cabo este serviço quando o Congresso criou o Programa de Admissão de Refugiados dos EUA (USRAP)”, pode ler-se.

O comunicado precisa que a USCCB recebe fundos para fazer este trabalho, sublinhando que estes  “não são suficientes para cobrir a totalidade dos custos.

“Esta continua a ser uma obra de misericórdia e um ministério da Igreja”, acrescenta o comunicado.

OC

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