Subscritores dirigem-se ao procurador-geral para pedir moratória
Lisboa, 17 jul 2020 (Ecclesia) – Os bispos católicos dos Estados Unidos da América lançaram uma recolha de assinaturas online para travar as execuções federais, retomadas pelo Governo norte-americano pela primeira vez em 17 anos, na última terça-feira.
“Como o Papa Francisco deixou claro, a pena de morte é inadmissível como uma afronta ao Evangelho e à dignidade da vida humana. Os bispos católicos manifestaram sua oposição à pena de morte durante décadas e levantaram as suas vozes contra a pena de morte várias vezes, desde que as novas execuções federais foram anunciadas”, refere o texto que acompanha a iniciativa.
A conferência episcopal dos EUA convida os signatários a dirigir-se ao William Barr para “travar as execuções”, considerando que as mesmas “minam a dignidade humana”.
O formulário proposto sublinha que, para os católicos, “a pena de morte é uma afronta ao Evangelho e à dignidade da vida humana”.
O texto acrescenta que a pena capital “é marcada por preconceitos contra as minorias pobres e raciais”, lembrando que “muitas pessoas inocentes foram condenadas à morte”.
A iniciativa pede uma moratória da pena de morte como “testemunho da dignidade da vida humana”.
Os Estados Unidos procederam esta terça-feira à primeira execução federal de um prisioneiro no “corredor da morte” em 17 anos, através de uma injeção letal.
Em agosto de 2018, o Papa ordenou a alteração do número do Catecismo da Igreja Católica relativo à pena de morte, cuja nova redação sublinha a rejeição total desta prática.
“A Igreja ensina, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa, e empenha-se com determinação a favor da sua abolição em todo o mundo”, pode ler-se, agora, no n.º 2267 do Catecismo.
OC