EUA: Bispos católicos condenam violência no Capitólio

Conferência Episcopal destaca importância de uma «transição pacífica» do poder

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 07 jan 2021 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América (USCCB) condenou, em comunicado, os protestos violentos desta quarta-feira no Capitólio norte-americano, que resultaram em quatro mortes.

“Uno-me às pessoas de boa vontade para condenar a violência no Capitólio dos Estados Unidos. Não é assim que somos, como americanos. Rezo pelos membros do Congresso e da equipa do Capitólio, pela polícia e por todos aqueles que trabalham para restaurar a ordem e a segurança pública”, referiu o arcebispo de Los Angeles, D. José H. Gomez.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados por manifestantes pró-Trump no Capitólio; o debate no Senado foi retomado pelas 20h00 locais (01h00 de hoje, em Lisboa).

O presidente da USCCB sublinha que “a transição pacífica de poder é uma das marcas” do país.

“Neste momento preocupante, devemos comprometer-nos novamente com os valores e princípios da nossa democracia e unir-nos como uma nação sob Deus”, escreve o responsável católico, rezando por “sabedoria e a graça de um verdadeiro patriotismo e amor à pátria”.

Vários bispos também deixaram apelos ao fim da violência.

O novo cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington, sublinhou que “as feridas e os estragos são enormes”, apelando à colaboração, ao respeito pelos valores democráticos e ao bem comum.

Já o arcebispo de Chicago, cardeal Blase Joseph Cupich, recorreu ao Twitter para denunciar uma “vergonha nacional”, sustentando que “a política é a resolução pacífica dos pontos de vista contrários”.

Johnny Zokovitch, diretor executivo da ‘Pax Christi’, referiu, em nota, que os incidentes da última quarta-feira são “o resultado da demagogia de um homem, o presidente Trump, e do fracasso de todos aqueles – políticos, media, família e outros” que “encorajaram a retórica de ódio e divisão definiu o mandato deste presidente”.

OC

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Agência ECCLESIA

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