Cardeal Luis Antonio Tagle sublinha importância de regras internacionais «justas e inclusivas»
Cidade do Vaticano, 14 jul 2015 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Internacional defendeu que os “governos devem ultrapassar os seus interesses egoístas e de curto prazo”, no contexto da conferência sobre o financiamento ao desenvolvimento dos países pobres, na Etiópia.
“Os governos devem comprometer-se em financiar o desenvolvimento dos países pobres. São necessárias regras internacionais justas e inclusivas para permitir a repartição equitativa dos recursos e prevenir as atividades que danificam o setor privado”, escreveu o cardeal Luis Antonio Tagle.
Para o arcebispo de Manila, Filipinas, o encontro sobre o financiamento para o desenvolvimento sustentável que começou esta segunda-feira, em Adis Abeba vai determinar o “nível do compromisso financeiro” para combater a pobreza e as desigualdades “nos próximos 15 anos”.
Mais de mil delegados e centenas de ministros e chefes de Estado, incluindo uma delegação da Cáritas, estão em Adis Abeba, na Etiópia, para debaterem meios de financiamento para a erradicação sustentável da pobreza no mundo.
Segundo o presidente da organização católica, se a conferência não tiver resultados positivos há “o risco de prejudicar a vontade política” da comunidade internacional antes de outros encontros chave de 2015.
A agenda internacional deste ano destaque ainda para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, em setembro, em Nova Iorque, e a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas em dezembro, em Paris.
“Os governos devem ultrapassar os seus interesses egoístas e de curto prazo”, defendeu o prelado num comunicado, enviada à Agência Fides, onde considera que se “ajoelhando-se” ao setor privado “corre-se o risco de criar uma economia dominada pela finança” com graves consequências para os países com “regras bancárias ainda frágeis”.
CB/OC