Lisboa, 26 jan 2018 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou que “sete pessoas morreram e dezenas terão ficado feridas” depois de as forças de segurança terem disparado contra um grupo de Cristãos Ortodoxos, em Waldiya, no norte da Etiópia.
Em informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a AIS divulga que a polícia indicou que algumas pessoas que comemoravam o Batismo de Jesus estavam “a gritar palavras de ordem contra o governo” e “atacaram as forças da polícia com pedras”.
O responsável local da polícia, Amare Goshu, referiu que um agente das forças de segurança também morreu nos incidentes que terão sido causados por grupos de jovens, que foram identificados como estudantes da Universidade de Waldiya.
O secretariado português da fundação acrescenta que a polícia usou “balas verdadeiras” e em resposta muitas pessoas bloquearam estradas, estabelecimentos comerciais foram incendiados.
Segundo a AIS os incidentes aconteceram no último sábado; e no dia seguinte ainda se ouviram disparos na cidade de Waldiya.
A fundação pontifícia contextualiza que nos últimos tempos têm acontecido manifestações contra o governo etíope para que façam “reformas políticas e económicas” e sejam respeitados os direitos humanos.
Desde outubro de 2016, quando o governo declarou o “estado de emergência” devido aos protestos mais de 11 mil pessoas foram presas.
O primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, já revelou que vai fechar a prisão de Maekelawi, na capital Addis Abeba, que a Amnistia Internacional classificou como “câmara de tortura”.
CB