Ética é essencial para a ciência e a política

O Papa lançou ontem um alerta para a necessidade de princípios éticos que regulem a ciência, a técnica e a política que, caso contrário, “podem ser usadas para fazer mal à humanidade”. No tradicional encontro de Natal com os universitário de Roma, Bento XVI defendeu que “o ser humano não é o produto de determinadas condições económicas ou sociais e o progresso técnico não coincide com o crescimento moral das pessoas”. O Papa acrescentou que sem os princípios éticos a ciência, a técnica e a política podem ser usadas, como aconteceu e ainda acontece – não para criar o bem, mas para causar o mal das pessoas e da humanidade. Explicando aos universitários a sua segunda encíclica “Spe Salvi”, sobre a esperança – na qual critica o facto de a partir do século XVII se ter consolidado na Europa a mentalidade que o progresso humano é obra da ciência e da técnica, enquanto que a fé serve apenas para a salvação da alma – Bento XVI denunciou o facto de as grandes ideias como a força da modernidade, a razão e a liberdade se terem desligado de Deus para serem autónomas e cooperarem na construção de um reino do homem que se opõe ao reino de Deus. A celebração eucarística e o encontro com o Papa na Basílica de São Pedro, na tarde desta quinta feira, serviu também de encerramento do VI Congresso europeu dos universitários que tinha iniciado em Roma a 9 de Dezembro com o lema “construir juntos a civilização do amor para um desenvolvimento social”. (Com Rádio Vaticano)

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