Gibson vai a uma projecção no santuário de Czestochowa A estreia europeia do filme “A Paixão de Cristo”, obra sobre as últimas 12 horas da vida de Jesus Cristo realizada por Mel Gibson, está prevista para dia 1 de Março, em Varsóvia. O distribuidor da película na Polónia anunciou a presença de Mel Gibson numa projecção do filme no santuário mariano de Czestochowa, no dia 10 de Março. Mariusz Lukomski, presidente da distribuidora polaca Monolith Films, disse esperar que o filme de Gibson “seja visto por todos os polacos.” O filme, que tem originado muita celeuma entre a comunidade judaica norte-americana, estreia nos Estados Unidos a 25 de Fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, data que marca o início da Quaresma. Gibson é acusado de fomentar o anti-semitismo ao atribuir todas as responsabilidades pela crucificação de Jesus Cristo aos judeus. O realizador e actor defende-se alegando que “A Paixão de Cristo”, com Jim Caviezel no papel principal, é sobre o enorme sacrifício de Cristo e não anti-semita. O rabino Daniel Lapin, um dos mais populares da comunidade judaica norte-americana, declarou que os injustos ataques que o filme “A Paixão de Cristo” tem sofrido, por parte de grupos extremistas judaicos, desprestigia esses grupos. Para o rabino, esses grupos presumem saber o que a Escritura cristã realmente significa, pretendendo “reeducar os cristãos em teologia e história”. Em recente visita a Roma, Abraham Foxman, Diretor da Liga Antidifamação, fez um apelo ao Papa, para que ele difundisse com clareza entre os fiéis, a posição da Igreja Católica sobre a questão do anti-semitismo, que, de acordo com a Liga Antidifamação, pode ser alimentado com a difusão do filme. Nesta sexta-feira, o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom John Patrick Foley, disse que o filme não tem nada de anti-semita. A mesma opinião foi manifestada pelo vaticanista italiano, Vittorio Messori. Para saber mais • Mel Gilson defende o seu novo filme • A «Paixão de Cristo» é o melhor filme de sempre sobre Jesus • Alto responsável do Vaticano assegura que não há anti-semitismo no novo filme de Mel Gibson