Estradas não podem ser caminhos de morte

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada A “Estrada Viva – Liga contra o Trauma” celebra amanhã, 20 de Novembro, o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, com o objectivo de despertar as consciências para “o reconhecimento colectivo de que a sinistralidade rodoviária é uma tragédia” no nosso país. A Conferência Episcopal Portuguesa debruçou-se sobre este tema na sua Carta Pastoral “Responsabilidade Solidária pelo Bem Comum”: “Diante desta tragédia deve tornar-se premente – diríamos urgente – o compromisso conjunto, por parte da sociedade civil, das Igrejas, das comunidades eclesiais e também dos ‘líderes’ dos crentes das diversas religiões, em ordem a uma educação sobre a estrada, e não só, desde a primeira fase da infância, com vista a prestar atenção às famílias das pessoas mortas nas estradas e aos feridos, com disponibilidade à mútua compreensão e ao perdão”. “Mesmo considerando o deficiente traçado e o mau estado de muitas vias rodoviárias e veículos ou a falta de sinalização correcta, sabemos que o grande responsável por este drama é o próprio condutor. Sem formação técnica e humana, sem consciência cívica, sem responsabilidade solidária e respeito pelos outros, em suma, sem uma mudança de mentalidades, não há leis nem mecanismos possíveis que possam alterar o actual estado da situação”, acrescentava a CEP. Para os Bispos portugueses, “uma má condução, além de manifestar um profundo desprezo pela vida, é expressão de mero individualismo, trazendo ao de cima velhos instintos do ser humano, instinto do poder e da agressividade, da combatividade e seu espírito concorrencial”. “Em termos evangélicos, podemos dizer que uma boa condução, além de realização de um projecto pessoal, é uma ocasião para despertar e amar os outros utentes da estrada, considerados irmãos e irmãs”, apontam os Bispos portugueses.

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