A estátua do Cristo Redentor, ícone do Rio de Janeiro, foi ontem classificada pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), noticiou o jornal “Folha de São Paulo”. A data escolhida para a classificação da estátua do Cristo Redentor assinala os 440 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro. A superintendente do IPHAN no Rio de Janeiro, Thays Pessotto disse ao jornal que a estátua é a primeira obra do género a ser classificada no Brasil porque o IPHAN não reconhecia nenhuma obra “art déco”. A estátua do Cristo Redentor foi feita em França e inaugurada em Outubro de 1931 no cume do Morro do Corcovado, a 710 metros acima do nível do mar. O monumento tem 38 metros de altura, pesa 1.145 toneladas e é revestido de pedra-sabão, material resistente ao tempo e às variações de temperatura, utilizado no século XVIII pelo famoso Aleijadinho para esculpir os Profetas em Congonhas do Campo, estado de Minas Gerais. Os primeiros esboços do Redentor foram feitos pelo pintor Carlos Oswaldo e retratavam um Cristo carregando uma cruz, com um globo terrestre nas mãos. A população do Rio de Janeiro preferiu, entretanto, uma imagem do Cristo com os braços abertos, como é hoje conhecida em todo o mundo. O projecto da obra foi desenvolvido pelo engenheiro Heitor Silva Costa e levou quase cinco anos para ser concluído. Os desenhos foram levados para França e entregues aos cuidados do escultor polaco Paul Landowski. A estátua do Cristo Redentor é visitada todos os anos por mais de 600 mil pessoas, oriundas de todas as partes do mundo.