Estar perto do Papa ajuda na formação dos padres portugueses em Roma

Reitor do Pontifício Colégio espera que haja maior representação das Dioceses do país no próximo ano académico

O reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, considera a proximidade da Santa Sé e do Papa como um complemento de qualidade da formação académica e eclesial dos sacerdotes que ali estudam.

O Pe. José Cordeiro sublinha a importância de “estar na proximidade” de Bento XVI e de sentir o “pulsar da Igreja nas suas diferentes presenças no mundo inteiro”.

A instituição, acrescenta o reitor, é de certo modo uma “marca específica de Portugal, como presença da Igreja” no coração do catolicismo.

 “O Pontifício Colégio Português é mantido pela Conferência Episcopal aqui em Roma e já há 110 anos que ele existe com a missão de contribuir para a formação aprofundada dos vários âmbitos do saber em teologia”, explica.

Uma referência de apoio à formação especializada de sacerdotes, o Pontifício Colégio acolhe 38 alunos, mas apenas dez portugueses oriundos de sete dioceses (cerca de um terço do total) e duas congregações religiosas.

O Pe. José Cordeiro assegura que esta situação está “nas preocupações dos Bispos” e que estes “têm manifestado a preocupação de manter em Roma uma representação das suas dioceses”.

“Quero acreditar que no próximo ano o número possa aumentar”, aponta.

Ao fundar o Colégio, em 1900, o Papa Leão desejava que pelos menos dois padres de cada diocese portuguesa ali estivessem.

“Hoje podíamos dizer que, se viesse um por diocese, já não era mau”, indica o Pe. José Cordeiro.

O reitor acredita que os padres que passam pelo Colégio serão os “agentes mais qualificados no campo da teologia e vários outros ramos do saber” e ajudarão a “elevar o nível cultural da Igreja em Portugal”.

Relativamente à presença de padres de treze nacionalidades no Pontifício Colégio Português, o P. José Cordeiro fala em «abertura à universalidade».

“Só pelo facto de vivermos em comum há como que um observatório da catolicidade”, assegura.

Apesar de existir em Roma um Colégio brasileiro, orientado pelos jesuítas, para o resto do mundo lusófono a referência continua a ser a instituição portuguesa, refere o pe. José Cordeiro.

“O Pontifício Colégio Português uma referência não só para os padres que vêm estudar em Roma, mas para todas as Dioceses de África e Ásia”, observa o reitor das instituições, dando como exemplo a passagem regular por este espaço de Bispos e sacerdotes lusófonos.

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