Estandartes para um Natal mais cristão

Organização convida a colocar o Menino Jesus nas janelas e varandas

As varandas e janelas das cidades portuguesas vão este ano poder assinalar o nascimento de Cristo através dos Estandartes de Natal.

“As pessoas sentem que há um vazio nas decorações natalícias, que não têm nada a ver com o tradicional espírito cristão”, referiu Nuno Saraiva da Ponte à Agência ECCLESIA.

O “Estandartes de Natal 2009” é uma plataforma criada por um grupo de famílias que pretende partilhar com os seus amigos e vizinhos a “alegria do Natal cristão”.

“Devido a algumas atitudes ligadas ao «politicamente correcto»”, verifica-se que “grandes cidades” não ornamentam as suas ruas com motivos alusivos ao Natal cristão, explicou o membro da organização nacional que promove a iniciativa.

Por outro lado, acrescentou, “alguns comerciantes também se isentam de colocar elementos religiosos, pelo que as pessoas saem à rua, vêem umas luzes, umas bolas, e não vêem um Menino Jesus, um pastorinho, um São José… não vêem nada”.

“Talvez seja esse vazio que leve a que nós, portugueses, que não somos propriamente exuberantes e extrovertidos, tenhamos aderido em tão grande número à compra do Estandarte de Natal e à sua colocação”, afirmou Nuno Saraiva da Ponte.

A equipa organizadora partiu do exemplo espanhol: “Como em Portugal não havia nada do género, resolvemos implementar a ideia, porque sabíamos que se ela fosse bem lançada e comunicada, as pessoas adeririam”. O pendão, que tem o Menino Jesus ao centro de um fundo grená, custa 15 euros.

Paróquias e Internet contribuem para a divulgação

“Em linguagem de gestão e de marketing – indicou Nuno Saraiva da Ponte – criámos e oferecemos um produto para o qual havia procura; quando isso acontece, é natural que haja sucesso na divulgação e na venda.”

Além do site, a difusão dos estandartes passa pela página do «Facebook», onde se juntaram “mais de 1200 amigos em cerca de um mês”.

O responsável destacou igualmente o “apoio das paróquias”. Este suporte, a par do envolvimento de alguns movimentos, continua a ser fundamental para a consolidação e alargamento da iniciativa, dado que o estandarte tem maior visibilidade nas zonas onde há mais paróquias a vendê-lo.

Nuno Saraiva da Ponte esclareceu que a equipa de coordenação é constituída por cinco pessoas, que oferecem “um pouco do seu tempo para fazer algumas pequenas tarefas”.

Os membros da organização ganham “zero euros”, pelo que os lucros são entregues às paróquias e movimentos que vendem o estandarte. A organização, observou, apenas disponibiliza o material “a preço de custo”.

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