O Presidente da União Distrital das IPSS do Porto, Padre Lino Maia, considera que os cidadãos não podem esperar que o Estado seja “uma espécie de Pai Natal” que resolva todos os problemas sociais do país. “Há sempre o risco de, nas mudanças políticas, haver abandono das soluções encontradas para problemas sociais. Abandono ou instrumentalização. Por isso a organização espontânea e livre dos cidadãos é, de facto, a melhor”, considera em entrevista ao jornal Solidariedade. Este responsável aponta que “o Estado tem que reconhecer a importância das Instituições e o exercício de cidadania dos dirigentes e deve zelar para que as respostas devam ser dadas com qualidade e a um maior número de cidadãos”. Considerando a Igreja como um dos grandes promotores sociais, o presidente da UDIPSS do Porto afirma que “quando são pessoas da Igreja, próximas dos cidadãos, a implementarem as respostas tanto melhor”. “Claro que quem erige canonicamente uma instituição da Igreja é o Bispo, mas não é ao Bispo que compete criar essa resposta. Dá-lhe personalidade jurídica, apoia-a, estimula-a, mas devem ser os cristãos, apoiados pelos seus pastores, que se organizam e não propriamente o Bispo que está à frente da Igreja Diocesana”, acrescenta. O Pe. Lino Maia, que é também director do Secretariado Diocesano de Pastoral Social e Caritativa do Porto, aponta para três áreas de problemas com pessoas ainda não suficientemente acautelados nem resolvidos: “os imigrantes, os idosos e os pobres deslocalizados”.
