Não é a primeira vez que o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Aveiro organiza uma peregrinação a Taizé. Mercê da experiência dos repetentes e do constante entusiasmo e grande motivação dos estreantes, o número de participantes têm vindo a aumentar: este ano 32 pessoas, na sua maioria jovens, peregrinou à comunidade ecuménica em França. Fazer a experiência que a comunidade oferece é um dos objectivos fundamentais. “Trata-se de uma vivência de espiritualidade que é proposta aos jovens da diocese”, explica o Director da Pastoral Juvenil de Aveiro, o Pe. Rui Barnabé. É realizada uma caminhada com o grupo que vai partir em peregrinação, onde se inclui a participação nos espaços de oração com a metodologia de Taizé, que no último ano abriu em Aveiro. No final de cada ano, os jovens são “convidados a participar” numa experiência de acolhimento proporcionada pela comunidade e que concede duas dimensões, segundo o Pe. Rui Barnabé: “viver uma espiritualidade simples, acessível a todos e abrir horizontes ecuménicos e inter culturais”, aponta. O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional pretende, depois da experiência vivida, “trazer uma mais valia para a diocese e proporcionar uma proximidade com os jovens e com a equipa diocesana”. Taizé motiva e desafia os jovens. Recordando as palavras o fundador da comunidade ecuménica, o Pe. Rui Barnabé afirma que “Taizé é uma parábola de comunhão”. Nesse ambiente de fraternidade cristã, “onde todos são bem vindos e onde cada um com as suas especificidades, com maior ou menor identificação com Deus e com a Igreja, é bem acolhido, escutado e ajudado pelo contexto e pelas propostas da comunidade”. A disponibilidade e o respeito pelo ritmo próprio de cada um “são determinantes para desafiar os jovens”, explica o Director da Pastoral Juvenil de Aveiro. “Num tempo em que a Igreja e a Católica também, está institucionalizada, um espaço não institucionalizado com regras, mas onde estas servem apenas para facilitar a vida às pessoas, mostra um Deus mais simples”. A experiência de Taizé é valorizada pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional. Para este organismo não é essencial que os participantes estejam identificados com a Igreja Católica, nem com qualquer outra igreja ou comunidade cristã, mas o que “pretendemos é que em vez de falar de Deus, propor uma experiência, através da oração, de proximidade com Deus”. Na peregrinação estavam representados seis vigararias, o que abre a possibilidade de uma grande diversidade de iniciativas decorrente da peregrinação. Previsto está já a criação de um novo espaço na diocese de oração de Taizé, este agora em Albergaria-a-Velha – a juntar ao que já existe em Aveiro, na terceira Sexta-feira de cada mês. No dia 26, na viagem de regresso, “a pena de partir e não poder ficar mais tempo foi visível”, aponta o Pe. Rui Barnabé. “Alguns não esperavam que a experiência fosse tão absorvente a nível espiritual mas também emocional” – partilha comum entre os mais novos como nos mais velhos do grupo.