Espiritanos: Faleceu o padre José da Cunha Duarte

Lisboa, 27 ago 2025 (Ecclesia) – O padre José da Cunha Duarte, dos missionários Espiritanos, faleceu esta terça-feira, dia 26 de agosto, aos 85 anos, no Hospital de Penafiel, informa a Congregação do Espírito Santo.

“Damos graças a Deus pela vida de entrega à missão espiritana do P. José Cunha e que o Senhor da Vida receba o seu fiel servidor no Seu Reino Celeste”, escrevem os Espiritanos, na sua página na internet.

A Missa do funeral do padre José da Cunha Duarte é celebrada esta quinta-feira, dia 28 de agosto, às 10h00, na igreja da Misericórdia de Penafiel.

O sacerdote espiritano, que faleceu aos 85 anos, esta terça-feira, “devido à fragilidade da saúde”, tinha sido internado “há semanas no hospital de Penafiel”; em 2018, o padre José Cunha deixou o Algarve, diocese que serviu durante 36 anos, para “residir na casa de família em Penafiel”.

O jornal ‘Folha do Domingo’, da Diocese do Algarve, recorda, para além dos diversos serviços, missões e obras, a dimensão cultural do padre José da Cunha Duarte que restaurou a ‘Festa das Tochas Floridas’, a Procissão do Domingo de Páscoa, em São Brás de Alportel, e percorreu o Algarve “recolhendo canções, tradições populares e objetos para um futuro museu”; publicou diversas obras como ‘Natal no Algarve – Raízes medievais’ (2002), ‘Natal no Algarve II – Teatro’ (2006) e ‘Páscoa no Algarve – Procissão das Tochas Floridas’ (2010).

No Algarve, o missionário espiritano foi distinguido com a Insígnia Municipal de Honra da Câmara de São Brás de Alportel, no dia 1 de junho de 2014, recebeu a Medalha Municipal de Mérito – Grau Prata, de Tavira, a 24 de junho de 2006, e da Câmara de Faro, a Medalha Municipal – Grau Ouro, no dia 10 de outubro de 1988.

José da Cunha Duarte, faleceu aos 85 anos de idade, esta terça-feira, dia 26 de agosto, nasceu a 26 de janeiro de 1940, na freguesia de Bustelo, concelho de Penafiel, no distrito do Porto; entrou para o Seminário de Godim – Peso da Régua, a 1 de outubro de 1953, e continuou os estudos nas diferentes casas de formação da Congregação do Espírito Santo em Portugal: Fraião (Braga), Silva (Barcelos) e Torre d’Aguilha (Cascais).

Fez os primeiros votos religiosos a 8 de setembro de 1962, na Silva, e foi ordenado sacerdote, dia 11 de agosto de 1968, em São Domingos de Rana, sendo nomeado subdiretor do seminário de Godim, onde fez a consagração ao apostolado a 15 de dezembro desse ano.

O padre José da Cunha Duarte foi nomeado capelão militar em São Tomé e Príncipe, após um curso na Academia Militar de Lisboa, em 1972, e permaneceu no país lusófono “até à véspera da independência das ilhas”.

Em 1975, é nomeado coadjutor da Paróquia de São Domingos de Rana, e, em 1980, pároco de São Brás d’Alportel, na diocese algarvia onde “exerceu a maior parte da sua atividade missionária”, em comunidade espiritana com o seu irmão e também padre Afonso Duarte.

Foto: Jornal Folha do Domingo

O sacerdote foi nomeado administrador da Paróquia de Olhão, em 1991, e foi pároco desta comunidade entre 1992 e 1997, faz uma pausa de um ano sabático, no Instituto Católico de Paris e regressa ao Algarve para ser pároco de São Brás d’Alportel, de 1998 a 2017.

A Congregação do Espírito Santo destaca que o interesse do padre José da Cunha Duarte pela comunicação levou-o a criar boletins de informação nas várias paróquias, e o jornal mensal ‘VilAdentro’, em 1998; em São Brás d’Alportel “dinamizou a Santa Casa da Misericórdia”; empenhou-se na construção de capelas; fundou a Escola de Música Paroquial, o Centro Sociocultural e o Grupo Juvenil de Acordeonistas, e promoveu a criação da Casa da Cultura António Bentes, e do Museu Etnográfico do Trajo Algarvio; apoiou a instalação do Agrupamento de escuteiros católicos 1330, e promoveu a criação do grupo Cáritas.

CB

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