Esperança cristã contribui para solucionar problemas da Europa

Delegados de 126 Igrejas europeias pretendem “uma esperança que não se expressa através de declarações vazias, mas através de actos concretos e da fé viva”

"Como cristãos, ousamos esperar" – esta é a mensagem proposta pelos delegados de 126 Igrejas europeias, que se reuniram de 15 a 21 de Julho, em Lyon, França. O comunicado refere que a "alegria, paz, coragem, audácia e liberdade" proporcionadas pela esperança devem configurar a solução dos problemas que preocupam o continente.

O documento manifesta uma série de preocupações: "Enquanto nos comprometemos, apaixonadamente, por uma Europa unida e reconciliada, que aguardamos impacientes, deploramos o facto de se elevarem novos muros de separação entre nações, culturas e religiões. Vemos surgir novas divisões – entre cidadãos e pessoas migrantes; entre ricos e pobres, entre trabalhadores activos e desempregados, entre quem vê os seus direitos respeitados e quem os vê lesados".

Os participantes na 13.ª Assembleia-geral da Conferência das Igrejas Europeias colocam a esperança cristã, "fonte de amor, de perdão e de reconciliação", em paralelo com alguns dos problemas que atravessam a Europa: "Apesar de tudo, estamos firmemente convencidos de que, como cristãos, temos uma esperança especial a compartilhar nestas situações, que parecem desesperadas".

"Afirmamos, continua a mensagem, que existe uma esperança, e perseveramos na nossa luta a favor da verdade e da justiça. Há esperança quando resistimos a toda forma de violência e racismo, quando defendemos a dignidade de todas as pessoas. Há esperança quando insistimos na solidariedade desinteressada entre indivíduos e povos, quando lutamos pelo respeito sincero da criação".

O texto defende igualmente que a esperança activa, isto é, que não se resume à passividade, contribui para solucionar as dificuldades actuais: "O desafio (…) é a mensagem audaz da esperança: uma esperança que não se expressa através de declarações vazias, mas através de actos concretos e da fé viva."

"As Igrejas, acrescenta o documento, devem trabalhar em favor da justiça e dizer a verdade aos poderosos. Isto significa abater os muros entre pessoas, culturas e religiões, para aprender a entrever a imagem de Deus no rosto do próximo. Significa respeitar, e não apenas tolerar, os outros seres humanos. Acima de tudo, significa encontrar novos modos de expressar a nossa solidariedade com os pobres, estejam eles próximos ou distantes de nós."

Com Rádio Vaticano

Foto: Oração durante o encontro

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