Espanha: Perda de valores causou crise moral e económica

A perda de valores morais a cobiça a falta de honradez e o inadequado controlo das estruturas financeiras são as raízes da actual “crise moral e económica” em Espanha afirma uma declaração da Conferência Episcopal Espanhola (CEE).

O texto apresentado numa conferência de imprensa em Madrid tece ainda duras críticas relativamente a algumas das reformas legislativas do Governo socialista incluindo a lei de estrangeiros e a lei do aborto.

Na apresentação da declaração que a CEE diz representar “uma palavra de alento e esperança” perante as “dificuldades económicas e sociais de tantas famílias e vítimas da crise” os bispos espanhóis voltaram a atacar a reforma da lei do aborto que deverá ser votada no parlamento na próxima semana.

A CEE insiste que o aborto deve ser considerado um delito e que a posição da Igreja sobre a reforma legislativa proposta “não está contra ninguém nem contra nenhum partido”.

“Não se entende que tirar a vida de um ser humano inocente não seja um delito” afirmou o bispo auxiliar de Madri d e secretário-geral da CEE Juan Antonio Martínez Camino.

O extenso texto que saiu da última assembleia plenária da CEE propõe uma “reflexão” sobre “as causas da grave situação” de Espanha.

Uma situação que “tem a sua origem na perda de valores morais na falta de honradez na cobiça que é a raiz de todos os males e na carência de controlo das estruturas financeiras potenciada pela economia global” sublinha o texto.

Os bispos recordaram que “não pode haver verdadeiro desenvolvimento sem Deus e que esse desenvolvimento deve alcançar todos os homens”.

Como tal “convidam” a sociedade a adoptar decisões “encaminhadas para aliviar a miséria” com a Igreja a “renovar o seu compromisso com os pobres” e com o “desenvolvimento integral da pessoa humana que tenha em conta o direito à vida”.

Os bispos deixaram ainda um apelo às comunidades cristãs e a todos os homens “de boa vontade” para que no momento presente “se comprometam com generosidade e solidariedade”.

Redacção/Lusa

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