14 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas num ataque já reivindicado pelo Estado Islâmico
Cidade do Vaticano, 18 ago 2017 (Ecclesia) – O Papa manifestou a sua “grande tristeza” pelo atentado terrorista ocorrido esta quinta-feira à tarde em Barcelona, que causou a morte a pelo menos 14 pessoas e feriu cerca de outras 100, 15 das quais estão em estado grave.
Em declarações divulgadas hoje, o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Greg Burke, salientou que logo que soube o que tinha acontecido “Francisco rezou pelas vítimas e quis expressar a sua proximidade ao povo espanhol, em particular aos familiares das vítimas”.
A meio da tarde desta quinta-feira, na Rambla de Barcelona, uma carrinha subiu o passeio para aquela zona pedonal e começou a atropelar pessoas indiscriminadamente, num ataque que já foi entretanto reivindicado pelo Estado Islâmico.
Entre as 14 vítimas mortais, está confirmada a morte de uma pessoa de nacionalidade portuguesa, uma mulher de 74 anos proveniente da região de Lisboa.
Nesta altura, de acordo com as últimas informações, duas pessoas foram detidas mas alguns dos envolvidos no atentado ainda estarão a monte.
Nove horas mais tarde, já na madruugada desta sexta-feira, cinco presumíveis terroristas foram abatidos pela polícia, na zona de Cambrils, em Tarragona, a cerca de 120 quilómetros de Barcelona.
A polícia atuou numa estância turística, quando os atacantes procuravam também atropelar peões nesta zona, havendo seis feridos a registar.
Outra reação do dia chegou da Conferência Episcopal Espanhola, que já lamentou o “grave atentado terrorista” que atingiu o coração do país.
“Perante este ato trágico e execrável, os bispos católicos de Espanha querem em primeiro lugar mostrar a sua proximidade e oração por todas as vítimas e suas famílias”, pode ler-se.
Aqueles responsáveis expressam ainda a sua indignação contra “todo e qualquer ato de terrorismo, uma prática intrinsecamente perversa, de todo incompatível com uma visão moral de uma vida justa e razoável”.
“O terrorismo não põe apenas em causa o direito à vida e à liberdade, mas é também um sinal de totalitarismo e da mais dura intolerância”, escrevem os bispos espanhóis.
A Conferência Episcopal Espanhola conclui a sua mensagem pedindo “a todos os crentes que elevem as suas orações para pedir a Deus que conceda o eterno descanso a todas as pessoas falecidas, restabeleça a saúde aos feridos, leve consolo às famílias e paz aos corações das pessoas”.
Para que atos como estes “nunca mais se repitam”.
O ataque em Barcelona é o último de uma sequência de atos terroristas que têm atingido a Europa nos últimos 13 meses, em cidades como Nice, Berlim, Londres e Estocolmo.
JCP