A transformação da sociedade eslovaca, que saiu de um passado comunista rumo à democracia moderna e à integração europeia, traz novos desafios à Igreja e aos cerca de 4 milhões de católicos (segundo os números oficiais), muitos dos quais temem ainda afirmar-se como tal fora das igrejas. Na sua recente visita à sede da Ajuda à Igreja que Sofre, na Alemanha, o Pe. Lucian Maria Bogucki (na foto) revelou que “o liberalismo ocidental” é um dos maiores problemas na actualidade, “ameaçando a maioria dos nossos jovens”. A Igreja, assegura este religioso do mosteiro Franciscano de Bratislava, está a “aprender a lidar com estes desafios”. Para o sacerdote, a Igreja Católica na Eslováquia tem de “construir infra-estruturas e, para além disso, fazer do compromisso social um ponto central”. O trabalho com os toxicodependentes, alcoólicos e doentes crónicos é particularmente destacado. Outra preocupação relaciona-se com a crise da instituição familiar no país. “Muitos homens estão a trabalhar no estrangeiros e as famílias acabam por separar-se. Os Bispos já lançaram um alarme, por outro lado, em relação à quebra da taxa de natalidade”, refere o Pe. Bogucki. Também de passagem pela sede central da Ajuda à Igreja que Sofre, o Pe. Stefan Vallo, chanceler da Diocese de Nitra (a mais antiga da Europa), lamentou a política anticlerical que é assumida pelos media no seu país. “Não encontramos nenhuma reportagem sobre 100 coisas boas, mas basta uma coisa má. É um escândalo”, lamenta. A prioridade passa pela formação das novas gerações, referiu, sublinhando a importância do trabalho “catequético, social, cultural e na área do desporto” que está a ser desenvolvido pela Diocese. Uma crítica mais dura é deixada às seitas, que se limitam a oferecer “coisas materiais”, e a determinadas instituições que “pregam a liberdade moral, sob a máscara de trabalho caritativo”. O Pe. Vallo destaca os esforços que são levados em conjunto pelas várias confissões cristãs, dando como exemplo desta colaboração o jornal ecuménico Rozmer.