Esforço de «purificação das imperfeições da Igreja bracarense»

«Os arcebispos, bispos e cónegos da nossa Arquidiocese que já faleceram são memorial de virtude», afirmou ontem à tarde D. Jorge Ortiga, na Sé de Braga, na missa de sufrágio pelos arcebispos e capitulares. Adiada por causa da visita «ad limina», a Eucaristia foi concelebrada pelo Arcebispo Emérito, D. Eurico Dias Nogueira, pelos Bispos Auxiliares, D. Antonino Dias e D. António Couto, pelos cónegos do Cabido bracarense e alguns sacerdotes. O coro do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo (Seminário Maior), como de costume, solenizou a celebração. Recordando aos presentes a temática que a diocese está a aprofundar neste ano – “Família: dom e compromisso” –, o Arcebispo de Braga, baseando-se na liturgia da Palavra, afirmou que «a história da Igreja bracarense está repleta de pessoas que, como Zaqueu, acolheram e seguiram verdadeiramente Jesus Cristo». Chamando a atenção para alguns perigos que a sociedade actual pode apresentar à fé e à religião em geral, D. Jorge Ortiga asseverou que esta «exige fidelidade, compromisso, exigência e coerência». Ao referir-se à primeira leitura, disse que a «história da Igreja em Braga está repleta de “mártires” que deram a sua vida por Cristo». Daqui vem, no entender do prelado bracarense, a exigência cristã e a obrigação moral de sufragar e recordar todos os que nos precederam na fé, especialmente neste mês de Novembro. No final da homilia, o Arcebispo Primaz exortou os presentes a fazerem um esforço de «purificação das imperfeições da Igreja bracarense, a fim – explicou – de mostrarmos ao mundo, sem medo, a grandiosidade da nossa história». Assim «como os nossos antepassados foram um dom maravilhoso para nós, também o seremos para as gerações vindouras», concluiu.

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Agência ECCLESIA

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