«Contexto atual exige a alegria de lutar pela dignidade», referiu arcebispo de Braga, no âmbito dos 90 anos do CNE
Braga, 27 mai 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga espera que o Corpo Nacional de Escutas (CNE), que hoje assinala 90 anos de existência, continue a ser um exemplo de empenho “pelos outros” e um apelo ao “sentido de serviço” dos jovens e da sociedade.
Na homilia da eucaristia deste domingo na Catedral local, publicada através da internet, D. Jorge Ortiga desafia o movimento a manter-se “fiel” aos valores católicos e aos objetivos que marcaram a sua fundação, a “atenção e respeito pela natureza” e por “cada ser humano”, sobretudo os “mais carenciados ou desfavorecidos”.
“O contexto atual exige a alegria de descortinar a igualdade e de lutar pela dignidade, não só com comportamentos de campanhas ocasionais, mas com atitudes que podem tornar-se contagiosas, para que o mundo fique melhor do que o encontramos”, recorda o prelado.
O CNE nasceu em Braga a 27 de maio de 1923 pelas mãos do arcebispo Manuel Vieira de Matos e do monsenhor Avelino Gonçalves.
Conta hoje com 56 344 crianças e jovens, rapazes e raparigas, entre os 6 e os 22 anos, e mais de 13 mil voluntários adultos permanentes.
Enquanto “escola de formação da juventude”, realça D. Jorge Ortiga, o movimento “não pode cair na tentação da escolarização, ensinando uma doutrina, talvez com muita competência e técnica, mas longe dumas promessas que sublinham valores concretos, atuais e perfeitamente humanos”.
“Longe de uma técnica de transmissão de conhecimentos, só a simplicidade dum método, capaz de se situar na história humana e aí saber discernir, com muita naturalidade, o que convém e é verdadeiramente humano, permitirá uma vitalidade e correspondência aos anseios dos jovens”, aponta o arcebispo bracarense.
Na sua mensagem, D. Jorge Ortiga destaca ainda a importância do “testemunho dos dirigentes” e da necessidade do CNE em “assumir a alegria de ser Igreja”, em todas as ocasiões, sem esquecer a “existência doutras expressões” religiosas.
“Trata-se, pura e simplesmente, de integrar harmoniosamente a Fé com o Escutismo, para que todo o escuteiro se orgulhe da sua fé”, tal “como determina o primeiro princípio do CNE”, conclui.
JCP