Assistente nacional do CNE elogia papel dos adultos e dirigentes, como referência de confiança nos agrupamentos
Lisboa, 22 mai 2023 (Ecclesia) – O assistente nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) elogiou o papel dos dirigentes e adultos dos agrupamentos de escuteiros, como “referência com quem se pode dialogar e confiar”.
“O centro do método escutista está nos jovens, mas os dirigentes são uma referência porque trazem o património que vem do passado e têm uma missão indispensável”, disse à Agência ECCLESIA o padre Luis Marinho.
O Corpo Nacional de Escutas (CNE)-Escutismo Católico Português foi fundado há 100 anos, em Braga, por iniciativa do arcebispo local, D. Manuel Vieira de Matos, e o seu secretário, monsenhor Avelino Gonçalves, após o Congresso Eucarístico de Roma (1922).
O CNE assume-se como uma associação “confessional”, cujos membros reconhecem na Igreja a “casa de família”, sublinhou o assistente nacional, para quem essa pertença “não é uma limitação, mas o sabor, a força e a fonte no método escutista.
“É uma responsabilidade imensa animar, em nome da Igreja, como ministro ordenado, uma equipa que é o rosto visível e o elemento de comunhão de todo este corpo espalhado em mais de mil agrupamentos e com cem anos de história”, refere o padre Luis Marinho numa entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
Para o responsável, o “sucesso” do escutismo “passa muito pelo trabalho, capacidade e disponibilidade dos dirigentes”.
O sacerdote assume que é também uma responsabilidade imensa ter de animar “perto de 14 mil adultos voluntários que semana a semana assumem, junto de crianças e jovens esta missão de ajudar outros a crescer”.
O CNE, que faz uma “proposta católica” aos escuteiros, apresenta-se como “um movimento aberto a todos, àqueles que queiram fazer um caminho dentro do escutismo”, salienta o padre Luis Marinho, indicando que “com cada pessoa há um caminho a fazer”.
No campo educativo, precisa o responsável, o CNE fala das identidades “como um processo em desenvolvimento”, porque “não se pode colocar nas pessoas etiquetas ou rótulos que a cataloga para sempre”.
“Cada pessoa humana é infinitamente amada por Deus com quem se faz um caminho aberto ao futuro”, mas o relativismo tira “a dimensão educativa do movimento”, declara o assistente nacional do CNE.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) escreveu uma nota sobre o centenário do Escutismo Católico Português, desejando que esta seja uma “oportunidade para valorizar o sentido do compromisso da Promessa escutista, para que continue a ser profética na edificação da fraternidade humana e na construção da justiça e da paz”.
Os bispos católicos convidam os membros da associação a colocar-se ao serviço dos “mais pobres, doentes e necessitados”, um caminho que “pode potenciar o desabrochar da vocação cristã no seio da Igreja”.
O Corpo Nacional de Escutas vai promover, a 27 e 28 de maio, a “Festa do Centenário”, em Braga, reunindo mais de 21 mil escuteiros de todo o país.
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