Escutismo: «Nunca filtreis a forma como o jovem quer chegar a Cristo», pediu bispo de Angra à nova Junta Regional dos Açores

D. Armando Esteves Domingues salientou que «não há escutismo sem Cristo», um Deus que caminha e «escuta o grito de todos»

Foto Igreja Açores/EM

Angra do Heroísmo, Açores, 17 jan 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra pediu uma evangelização que “ilumine e dialogue” com o mundo de hoje incentivou a nova Junta Regional dos Açores do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católica, na sua tomada de posse.

“Nunca filtreis a forma como o jovem quer chegar a Cristo, perguntai-lhe, ouvi-o”, disse D. Armando Esteves Domingues aos novos dirigentes do CNE, informa o portal diocesano ‘Igreja Açores’.

O bispo de Angra desafiou os escuteiros a serem agentes de evangelização no mundo atual, sem se fixarem em modelos do passado ou deixar-se seduzir pelas correntes do presente, explicando que “evangelizar a cultura não significa julgá-la, mas aproveitar os espaços onde as pessoas vivem, sair para as ruas onde as pessoas lutam, trabalham, estudam e sofrem”.

“O desafio novo, que nos é colocado na vida da Igreja, é fazermos uma evangelização que ilumine novas formas de relacionamento com Deus, com os outros, com a natureza e que suscite valores fundamentais e transversais” referiu o bispo de Angra, que lembrou que “não há escutismo sem Cristo”.

“Acreditamos num Deus que caminha connosco, que escuta o grito de todos, que cura as feridas interiores para que as exteriores não matem, que o seu serviço é ao homem e ao jovem concreto, na nossa cultura, com os riscos e as dores que ela tem, sinodal como a família e como a Igreja deve ser não por instinto ou porque alguém manda, mas por convicção”, concluiu o bispo de Angra.

‘Juntos na aventura, comprometidos com o futuro’, é o lema da equipa dirigente da nova Junta Regional dos Açores do CNE, liderada por João Carlos Tavares, que foi reeleito e tomou posse, na sexta-feira, na ilha Terceira.

“Somos chamados a agir de forma responsável, cuidando do meio ambiente, promovendo a justiça social e contribuindo para um mundo melhor.”

João Carlos Tavares disse que a equipa da nova  Junta regional de Núcleo nos Açores “compromete-se a trabalhar com todos” para explorar novas possibilidades, definir metas claras e comprometidas com “o desenvolvimento dos jovens e do movimento escutista como um todo”.

“A equipa deve estar comprometida em criar um ambiente seguro, inclusivo e inspirador para todos os escuteiros, promovendo o seu crescimento pessoal e a sua formação enquanto pessoas plenas de direitos e deveres, comprometidos e empenhados numa sociedade que se quer cada vez mais justa e promotora da paz”, assinalou.

Segundo este responsável, é um convite a uma “gestão participativa, colaborativa e orientada para o crescimento e sucesso sustentado do escutismo na Região dos Açores”, com uma visão: “os jovens escuteiros dos Açores, sejam agentes ativos de mudança nas suas comunidades locais, tornando-se socialmente mais comprometidos”.

O portal de informação ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, destaca algumas metas que a nova Junta Regional dos CNE se propõe a alcançar, como o desenvolvimento sustentável, a criação de parcerias com entidades que atuam no campo juvenil, desenvolver o Projeto Educativo do CNE em toda a região, mobilizar e capacitar os Recursos Adultos, criar canais de comunicação eficientes entre a Junta Regional, Núcleos e Agrupamentos, proporcionar aos jovens caminhos de felicidade e de enriquecimento pessoal, fazer dos escuteiros agentes de educação ambiental e exemplo de sustentabilidade.

Nos Açores existem 73 agrupamentos do CNE, cerca de 500 dirigentes e mais de quatro mil escuteiros; o agrupamento mais antigo é o 23 da Praia da Vitória e o mais recente de Porto Martins, na ilha Terceira.

CB

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Agência ECCLESIA

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