Filipe Silva comenta número recorde de inscritos no próximo acampamento nacional e recorda a forma como o movimento mudou a sua vida
Lisboa, 30 jul 2012 (Ecclesia) – A presença de 17 mil crianças, adolescentes e jovens no próximo acampamento nacional de escuteiros, que vai arrancar sábado em Idanha-a-Nova, está a ser encarada pelos responsáveis mais velhos como uma prova da vitalidade do movimento.
Em entrevista ao Programa ECCLESIA, que poderá ser acompanhada esta noite, a partir das 22h45, na Antena 1, o chefe Filipe Silva, do agrupamento marítimo 1100 do Parque das Nações, em Lisboa, considera que o número recorde de inscritos no evento é antes de mais “um exemplo” da capacidade de “mobilização” do escutismo.
O entusiasmo à volta do 22.º ACANAC (ACA de acampamento e NAC de nacional), que irá decorrer até 10 de agosto no distrito de Castelo Branco, mostra que os mais novos “vêem de facto valores” no projeto fundado por Baden Powell e “querem” aplicar esses frutos “no dia-a-dia”, realça o dirigente.
Nascido em 1907 com o objetivo de “educar e formar cidadãos capazes e válidos para o futuro”, o movimento escutista conta hoje com mais de 25 milhões de elementos espalhados pelo mundo, e em Portugal é constituído por cerca de 60 mil jovens e 13 mil adultos.
Para Filipe Silva, o sucesso do maior núcleo associativo juvenil mundial é também sinónimo de “grande responsabilidade”, uma vez que o escutismo lida essencialmente com aqueles que “vão ser o futuro” da sociedade.
Desafiado a identificar algumas das mais-valias que a proposta escutista trouxe à sua vida, o dirigente destaca uma pedagogia baseada na realização de jogos, atividades e tarefas em grupo que o ajudaram a crescer de forma equilibrada e responsável.
Integrados num “sistema de patrulhas”, onde “cada elemento” é chamado a contribuir “para o crescimento” do seu grupo, os mais pequenos ganham outra “capacidade de trabalho” e aprendem a “olhar para o dia-a-dia de uma maneira completamente diferente”, sustenta.
Uma ideia reforçada por Helena Bouças, que integra a secção IV do agrupamento 1110 do Parque das Nações.
“Em termos de organização e espírito de equipa, o movimento ajuda muito na formação das pessoas”, sublinha a escuteira, que lembra ainda o papel que o corpo de escutas desempenha na integração das crianças, adolescentes e jovens dentro das comunidades.
“Todos os anos”, os elementos que compõem o agrupamento marítimo do Parque das Nações ajudam a organizar atividades como “o arraial da paróquia” ou “a corrida do Oriente” e são presença assídua nas eucaristias vespertinas de sábado á tarde.
“É importante que as pessoas saibam que têm ali um agrupamento representado” e “que as crianças que vêm com os pais à missa mostrem interesse em integrar o grupo”, sustenta.
O ACANAC 2012, organizado pelo Corpo Nacional de Escutas, vai ter como lema «Educar para a Vida», lançado pela Organização Mundial do Movimento Escutista para responder à questão “que pretende/faz o Escutismo”.
Durante esta semana, o Programa ECCLESIA na Antena 1 vai procurar dar a conhecer um pouco melhor a vivência do movimento escutista e as motivações que estão por trás da adesão dos mais novos ao acampamento nacional.
PRE/JCP