Escutismo: «Esta luz só é nossa se nós formos capazes de a partilhar», afirmou o chefe nacional do CNE (c/ vídeo)

Cerimónia nacional da partilha da Luz da Paz de Belém decorreu este domingo no Pavilhão Municipal José Natário, em Viana do Castelo

 

Viana do Castelo, 12 dez 2023 (Ecclesia) – O chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) desafiou este domingo, em Viana do Castelo, à partilha da “Luz da Paz de Belém”, para que esta não seja apenas “uma vela acesa a arder”.

“Esta luz só é nossa se nós formos capazes, de facto, de a partilhar, com um sorriso, com um abraço, com um gesto muito concreto, que nós vamos descobrir qual é que é, cada um de nós, à nossa forma, à nossa maneira, um gesto que ajude a construir a paz”, afirmou Ivo Faria, durante a cerimónia nacional de partilha da “Luz da Paz de Belém”, no Pavilhão Municipal José Natário.

Chefe nacional do CNE
Foto: Escutismo

A iniciativa teve início 1986, pela mão da ‘Austrian Broadcasting Company”, como parte de uma atividade de caridade para crianças em dificuldade na Áustria e em países vizinhos, e constitui-se uma tradição partilhada por todos os agrupamentos do CNE e um pouco por todo o país.

“É uma luz que também nos obriga a pensar, que nos obriga a sentir, que nos obriga a estarmos em silêncio, para podermos, de facto, descobrir, no meio desta paz, como é que nós partilhamos a paz e ajudamos a que ela se construa”, insistiu Ivo Faria.

O dirigente lançou o repto aos presentes na cerimónia, que este ano teve o tema “Um sinal de esperança na construção da paz!”, para que cada um seja “transportador” da Luz da Paz de Belém.

“Que seja eu de facto a luz, e com isso seja também capaz de levar Cristo a todos, com quem me vou cruzar, com quem a vou partilhar, e acima de tudo com quem vou ajudar a construir esta paz que nós queremos”, reforçou.

O bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, presidiu à celebração e enfatizou a importância da iniciativa no panorama atual, em que conflitos se dividem pelo mundo: “Precisamos verdadeiramente desta luz, mas, sobretudo, não a luz exterior, mas o que ela quer significar”.

“Veio de lá [Belém] esta luz e veio de lá no contexto deste ano, em que todos vós sabeis e estamos todos a par disso, em contexto dramático, parece que tudo voltou atrás, estamos a começar do zero. Tudo tem de ser recomposto, afinal, mais do que nunca, hoje, em Belém, na Palestina, em Israel, em tantos outros lugares, na nossa Europa, na Ucrânia, no centro da África, em tantos lugares, estamos a começar do zero”, apelou.

Foto Agrupamento 537 – Castelo do Neiva

O bispo diocesano convidou todos a sintonizarem-se com a necessidade de dar expressão a esta luz para que ela se estenda.

“Esta luz vem iluminar os nossos genes de fraternidade, vem-nos dizer que, para lá de todas as contrariedades e de todo o pecado que nós ouvíamos no profeta Isaías, há o poder do amor […], mas não pode ficar só nos sonhos, tem que passar à realidade”, advertiu.

“Fixemos o nosso olhar nesta luz vinda de Belém que agora vamos irradiar pelos nossos agrupamentos e louvemos o Senhor por Ele ser a luz, Ele sim é a luz que vem dissipar-nos das trevas e vem iluminar o ser humano para se encontrar consigo, com Deus, com o sentido da sua existência”, concluiu.

A cerimónia “Partilha da Paz de Belém” aliou-se este ano à comemoração dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e foi transmitida nas redes sociais Facebook e Youtube do Escutismo.

LJ/PR

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Agência ECCLESIA

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