Assistente nacional apresenta projeto «Entre Linhas»
Lisboa, 30 mai 2022 (Ecclesia) – O assistente nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) considera que as dimensões da afetividade e sexualidade humana representam “profundas interpelações”, pelo que os responsáveis escutistas “não podem colocar estas questões debaixo do tapete”.
“No tempo atual, a dimensão da afetividade e sexualidade humana tem sofrido profundas interpelações vindos de vários âmbitos – legislativo e sociocultural – e como membros da igreja não se pode ignorar ou colocar debaixo do tapete”, diz o padre Luis Marinho à Agência ECCLESIA.
O Corpo Nacional de Escutas (CNE), escutismo católico português, está a assinalar 100 anos de existência e a efeméride está “a ser motivo de impulso e dinâmica para os escuteiros valorizarem ainda mais a sua proposta educativa”, acrescenta.
O CNE é uma associação eclesial “de portas abertas”, com um “programa educativo” próprio, porque cada criança ou jovem “não se confronta com o vazio”, salienta o sacerdote.
O projeto ‘Entre Linhas’, que tem em vista capacitar os dirigentes do CNE sobre a afetividade e sexualidade humanas, começou em 2020 e pretende “trazer para a luz do dia e reflexão a realidade que se vive”, sublinha o assistente nacional do Escutismo Católico, em entrevista ao Programa ECCLESIA, emitida esta segunda-feira na RTP2.
“Queremos, acima de tudo, capacitar o CNE e os seus dirigentes para acompanharem crianças e jovens no seu desenvolvimento integral, onde esta dimensão é explicitamente cuidada e acompanhada”, acentua o responsável.
Para desenvolver este itinerário de escuta e discernimento, os responsáveis já tiveram “várias reuniões” que têm sido “um caminho sinodal”.
“É enriquecedor para o grupo a escuta de pessoas de vários quadrantes e de diversas áreas do saber”, refere o entrevistado.
Uma das “grandes atividades” da comemoração deste centenário é o acampamento nacional de escuteiros (ACANAC), de 1 a 7 de agosto de 2022, em Idanha-a-Nova que tem como mote ‘Construtores do amanhã’.
Para o assistente nacional, “a fé religiosa é um condutor desta iniciativa”.
“A dimensão espiritual e religiosa é parte integrante do seu programa educativo, não é um compartimento isolado”, afirma o padre Luis Marinho.
A capela, construída em 2017, é uma “casa aberta” onde cada um é convidado a entrar e fazer o seu caminho e relacionar-se com a experiência cristã.
“Uma experiência eclesial com portas abertas”, sublinha o responsável.
O assistente nacional do CNE foi nomeado, recentemente, assistente mundial da Conferência Internacional Católica do Escutismo.
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