Escuteiros iniciam segundo centenário

Acampamento Nacional do Corpo Nacional de Escutas continua em ambiente de festa, com 10 mil participantes Bateram as oito badaladas pela manhã quando, em uníssono, foi renovada a promessa dos escuteiros. Em ambiente solene, os 10 mil participantes no 21º Acampamento Nacional – ACANAC, em Idanha-a-Nova, recordando o acto de Baden Powell há 100 anos atrás, renovaram ontem, o compromisso de “cumprir os deveres com a Igreja, com a Pátria e com o próximo”, explica à Agência ECCLESIA, Mourinho Marcelo, chefe de protocolo e do gabinete de imprensa do Corpo Nacional de Escutas (CNE). Os valores que regem os escuteiros foram relembrados no dia de ontem. Mas o acto realizado tem um duplo significado. Todos os que ontem renovaram a promessa “são agora fundadores do segundo centenário” do Escutismo. Todos os escuteiros do agrupamento da Silveira foram também lembrados, na impossibilidade da sua presença por causa do acidente, decorrido no passado dia 30, quando uma carrinha seguia a caminho de Idanha-a-Nova. “Fizemos questão da presença da bandeira do seu agrupamento no acto solene”, refere o chefe de protocolo. Já a noite de 31 para 1 de Agosto tinha sido muito significativa para os escuteiros em campo. Chegava a Chama do Centenário ao campo do Monte Trigo. Com as luzes todas apagadas, a chama subiu ao cume do monte, onde foi acesa uma pira, com visibilidade para todo o campo. A Chama seguiu depois para a Capela onde permanece acesa, para que “qualquer que escuteiro mostrar estar em contacto com ela e mostre o devido respeito”. A Chama terá ainda um amplo destaque na Eucaristia de encerramento do acampamento, no próximo dia 5. Claramente, após o encerramento do campo a Chama será apagada. É curioso, no entanto, registar que vários escuteiros queimam parte do seu lenço na chama, um momento simbólico e para recordar. “Os caminheiros dão especial destaque à chama”, aponta Mourinho Marcelo. No final do seu percurso formativo, queimar o lenço “é símbolo do caminho que percorreram e do contacto que estabeleceram no centenário”. «Capital» do CNE Nos 20 acampamentos anteriores todas as infra-estruturas necessárias foram assumidas pelo CNE, cuidando para que também no final as condições locais permanecessem cuidadas. Mas a situação mudou este ano. A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova cedeu, por um período de 50 anos, um terreno com cerca de 78 hectares. As infra estruturas criadas foram agora a “título definitivo”, assegurando condições de água, esgotos e energia eléctrica. As possibilidades que o CNAE – Campo Nacional de Actividades Escutistas oferece “vai servir todos os escuteiros nacionais e os escuteiros do mundo que nos queiram visitar”. Quer isto dizer que “grande parte das actividades nacionais passarão a decorrer neste local”. Este campo vai permitir continuar a formação contínua que o CNE dá aos jovens, “facto que a nós muito nos incentiva”. As estruturas eclesiais estão também a acompanhar de perto as celebrações dos 100 anos do escutismo. D. José Alves, Bispo de Portalegre, esteve presente na recepção da Chama do Centenário. Esta tarde, D. Manuel Clemente juntou-se aos escuteiros, já depois de ter partilhado o almoço no Acampamento Nacional. D. Manuel Clemente, ele próprio escuteiro, “é um homem da casa, próximo de todos e que acompanha de forma muito querida as nossas actividades”. Também o Bispo do Porto, a par de todos os escuteiros, foi convidado a renovar a sua promessa. Em constante proximidade estão também os escuteiros em Portugal com os que se encontram em Brownsea. A renovação da promessa foi uníssona e apesar da dimensão em Inglaterra ser “diferente, pois estão entre 40 mil escuteiros”, os portugueses dão conta de uma “calorosa recepção e de um grande entusiasmo pela participação em Inglaterra”, afirma Mourinho Marcelo. Hoje cada uma das secções já iniciou as suas próprias actividades no Acampamento Nacional. Os caminheiros já se encontram num Rover, em actividade exterior, com regresso marcado só no Sábado, dia 4. Nos centros populacionais decorrem actividades sociais, contactos com a população, onde através do convívio e partilha se conhecem preocupações e anseios. Os escuteiros estarão presentes no conhecimento, no acompanhamento e na propostas de actividades.

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